MOLEZINHA
Mais fácil do que tomar doce de criança ou rir da idiotice dos panfleteiros da politicagem. Num clima de partida padrão Campeonato Carioca – Edson Passos é sensacional mas sempre me remete à decana competição -, o Fluminense não tomou conhecimento do Figueirense, dominou o cenário, construiu 2 a 0 com vinte minutos – dois gols de cabeça – e só não disparou uma goleada em virtude da, digamos, Faixa de Gaza que existe entre Ceifador e o domínio da bola. Por mais que o Figueira venha mal e tenha acabado de sofrer uma eliminação, o primeiro tempo foi mais fácil do que eu imaginava.
Dois extremos na análise: o Figueira foi muito mal e o Fluminense esteve muito bem. Combativo, veloz, bem posicionado, usando as laterais, atuou de maneira completamente diferente daquele desastre em Brasília. Se mantivesse essa regularidade, já brigaria por mais do que o G4, num campeonato com japoneses por todo lado.
No fim da etapa, Cícero poderia ter marcado o terceiro numa cabeçada forte, mas Gatito Fernández – filho do lendário goleiro paraguaio Roberto “Gato” Fernández – defendeu.
Parte legal: Scarpa, claro, e o Renato Chaves. A cada dia que passa, o zagueiro demonstra que o contrapeso (milionário) contratado foi Henrique. O conjunto num todo. Wellington tentou bons lances na frente e participou dos dois gols. A parte chata: ver o He-Man do outro lado. É sempre estranho é injusto. No ataque do Flu, a vaga dele seria certa.
Do outro lado, Carlos Alberto e sua catimba. Craque problema. Craque. Craque. Mas problema. Não o fosse, seria dos melhores do Brasil o tempo todo.
O Pierre jogou. Alguém viu?
DUREZA E SALVAÇÃO
Marquinho em campo, nosso proletário da bola.
Craque é craque, problemas à parte. Um golaço de Carlos Alberto no começo do segundo tempo: chute forte, cruzado. Reacendeu as esperanças do Figueirense na partida, no que o time catarinense passou a tentar mais ataques em busca do empate, sem no entanto finalizar. E Magno Alves velho de guerra, a pedido da torcida, cheia que estava da ceifadagem.
Quando concluiu pela primeira vez depois de vários minutos, o Figueirense empatou com um gol de cabeça. Eu falava de regularidade, né? Aí, claro, quem escapou de uma goleada cresceu, enquanto quem tinha o jogo na mão passou a se preocupar.
Empurrado pela torcida – criticada pela turma do Zé Ruela -, o Flu não abaixou a cabeça e voltou ao ataque, explorando a bola parada nas cobranças de escanteio. E o Figueira quase virou, num chute de Rafael Silva rente à trave direita. Marcos Junio em campo, para dar um gás ofensivo.
Quando as coisas pareciam bem complicadas, ele, o ridicularizado pelas vozes oficiais da politicagem, foi lá e resolveu: Magno Alves com seu peixinho de garra, atitude e entendimento do que É o Fluminense. O emblemático placar de 3 a 2.
Susto num bate-rebate aos 41, com a bola indo pela linha de fundo. E uma bola no travessão de Cavalieri. Grrrrr!
Drama final: a última jogada que resultou no gol ilegal do Figueirense. O árbitro se enrolou todo e gerou bafafá. Foi falta em Cavalieri. Ponto.
Parte ótima: Magno Alves, interminável. Nunca mais o Flu terá um artilheiro ativo e no gás aos 40 anos de idade.
REFLEXÃO
Mesmo com a boa – e sofrida – vitória e a proximidade do G4, um pensamento sobre Carlos Alberto e He-Man. No Fluminense de hoje, sem os delírios panfletários da TOG – Torcida Organizada da Gestão -, os dois seriam titulares absolutos e inquestionáveis. E isso explica certa diferença entre a propaganda e a realidade das coisas.
Já que alguns puseram a culpa da derrota para o Palmeiras na torcida tricolor de Brasília, que os mesmos tomem vergonha na cara e reconheçam os seis mil maníacos de Edson Passos, que empurraram o Flu o tempo inteiro, inclusive na adversidade. No fim, a atitude do time resgatou uma vitória que esteve sob sério risco.
Botafogo, Chapecoense e Gremio. Hora de lutar e engatar a arrancada.
Panorama Tricolor
@PanoramaTri @pauloandel
Imagem: rap
Hola Andel e demais tricolores;
Admiro muito os seus posicionamentos sobre o nosso amado FLU. Do jogo contra o Figueira tenho uma questão que me tem incomodado: os nossos adversários, ainda que medianos e japoneses que sejam, somente tem que tomar a atitude marcar de forma “alta” como se diz atualmente. Se observa que esse, além do problema crônico da saída de gol do Caval, vêm se constituindo em um grande obstáculo para a arrancada do FLU. Não faz um time vencedor com chutões desde a zaga…
Um sujeito de 40 para 41 anos, que nunca foi um prodígio de jogador, consegue ser mais efetivo do que o arremedo inventado pelo vice de futebol invisível e pelo Jorge Turista, com o aval do Omisso de Miami.
Está TUDO errado nas Laranjeiras…
E vagabundo aplaude…