Fluminense 3 x 1 Sport (por Paulo-Roberto Andel)

ANDEL RED NEW

INSOSSO

O jogo entre Fluminense e Sport começou frio nesta manhã de sábado, exceto pela presença da nossa maravilhosa torcida. Ela vence tudo. O problema foi o Sport ter feito seu gol um tanto cedo. Bobeada na bola aérea, babau. Coitado do Gum. Antes, quase tinham marcado numa outra jogada. Eles começaram combatendo mais, mordendo mais, bem liderados por Diego Souza (pesadaço, muito xingado e também protagonista de uma das mais estranhas transferências da história do clube), ao contrário do Flu, mais paradão, em ritmo de primavera gelada. O campeonato brasileiro é equilibrado demais, “japonês” e, tecnicamente falando, nivelado por baixo, de modo que não faz tanta diferença enfrentar o sexto colocado ou o décimo-quinto: os problemas geralmente são os mesmos.

Ainda o gol: intuitivamente se esperava que, depois do revés, a reação tricolor fosse imediata. Longe disso. Com o problema crônico da dianteira do time e com Scarpa tímido no jogo, o Fluminense ficou carente de alternativas. O jovem camisa 10 tem boa qualidade, mas espero sinceramente que não queiram transformá-lo no que não é. Ainda assim, ele foi o responsável pela leve pressão que o Fluminense deu por volta de meia hora de jogo: chutou bem, com o veterano Magrão fazendo ótima defesa. Bem antes, logo depois do 1 a 0, Júlio César evitou o segundo, chocando-se com o adversário.

Mais carga: o goleiro rubro-negro fez uma boa defesa em chute de Junio e cortou um cruzamento perigoso. A seguir, em novo pânico da defesa tricolor, quase o segundo gol dos pernambucanos em nova bobeada com bola alçada na área. E outro pequeno abafa no final, sem nenhum impacto.

Um primeiro tempo muito aquém das possibilidades do Fluminense, terminando com um incômodo revés no marcador, a necessidade de ajustar sua defesa e a inoperância do ataque. Trabalho para Levir. Claro que Gum sentiu, mas não deve ser crucificado. Henrique, amigos? Cai de trouxa quem quer. Pensando bem, podia ter sido pior.

VIBRANTE

Levir sacou Douglas para colocar Richarlisson. Não que a alteração tivesse sido primorosa, mas o gol de empate veio: Junio, aos nove, depois da boa jogada do inconstante Wellington pela esquerda. Vejam a ironia: a jogada começou com um passe errado de Diego Souza, desarmado pelo Gum e a bola chegando até o ponta – a matriz inversa do primeiro tempo. Gol! GOL! Logo em seguida, Magrão evitou a virada com boa defesa em finalização de Richarlisson. Mais adiantado e com o gol marcado, o Flu ficou fullgás, o conjunto se recuperou.

Duas boladas no árbitro Vuaden, um caso à parte. Esse rapaz desafia definições e paradigmas.

Temendo perder terreno, o Sport trocou Paulo Roberto por Neto, mas imediatamente o Fluminense virou o jogo, com Richarlisson recebendo também de Wellington – num grande passe -, batendo a defesa e estabelecendo 2 a 1 no marcador. Outro time e outra pegada completamente diferente do primeiro tempo. Marquinho no lugar de Junio.

Nos dez minutos finais, nenhuma alteração dos sentidos. O Flu administrando e o Sport já sem forças para reagir, exceto num defesaço de Júlio César, sucedido por dois escanteios.

No apagar das luzes, a redenção do nosso dez. Magrão saiu e Scarpa tocou por cobertura, fazendo 3 a 1 num golaço e compensando a atuação mediana. Fim de festa, fatura liquidada. Magno ainda veio a campo: deveria ter entrado bem antes. Teve festa, grito e olé.

No segundo tempo, o Fluminense mostrou força para brigar pela sonhada vaga na Libertadores 2017. O sonho continua, a alegria também.

O resto? Vai, São Paulo!

Panorama Tricolor

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Imagem: rap