Ainda em meio ao Carnaval, em dia de desfile das campeãs aqui na Cidade do Rio de Janeiro, o Fluminense voltou ao gramado do Maracanã para mais uma partida do Campeonato Carioca, outrora muito disputado, mas agora, a cada ano que passa, deflagra ainda mais o abismo que há entre os clubes gigantes dos pequenos. Mesmo sendo a Portuguesa a equipe que mais gasta com futebol atualmente, tirando o quarteto fantástico.
Calor à parte, pois estava igual para as duas equipes, foi um primeiro tempo mais morno que mingau de nenê que engatinha. O Fluminense foi incapaz de assustar a equipe da Ilha do Governador, de Wagner Victer, exceto por uma finalização de André, fora do alvo. A Lusinha conseguiu ter duas chances, uma cabeçada que saiu à esquerda de Fábio e uma bela finalização de Romarinho, jogador que completoua hoje duzentos jogos vestindo a camisa da equipe que já até mereceu livro escrito por Andel.
Na volta do intervalo, Diniz mexe, tira David Braz, obrigando André a virar zagueiro mais uma vez e trouxe Lima para a meiuca. A equipe melhorou, contando ainda com o cansaço do rival. O próprio Lima acertou um petardo após bate-rebate, da entrada da área, mas Germán Cano desviou com o joelho maroto, tirando qualquer chance de defesa para o goleiro Mota. Um a zero, para alegria do torcedor que foi matar a saudade do time e vibrar de forma antecipada a chegada de Marcelo, contratado pelo Tricolor.
A partir daí o Fluminense passou a imprensar a Portuguesa, levando às cordas, até que Cano, sempre ele, após passe de Arias, Germán tentou deixar para o companheiro finalizar, mas ele mesmo girou o corpo e deu um tapa na bola, ela entrou no cantinho para o dois a zero tricolor.
Keno, que fez uma partida precária, errando praticamente tudo que tentava, recebeu passe após ter participado de toda construção de jogada, com inversões de jogada de lado a lado, de dentro da área, dominou, a bola subiu e ele fez o movimento de uma semi-bicicleta kung-fu, mandando a bola para as redes. Mais um golaço do Fluminense no Maracanã, deixando Heitor Teixeira e demais amigos, mal ou bem acostumados no que, um dia, foi o maior do mundo.
Bela vitória para um estadual, mantém a harmonia no enredo, mas ainda sem mostrar evolução, mesmo após alguns dias de folia e treinos.
Não temos zagueiros além de Nino e Manoel, que está lesionado e ficará fora por todo verão e outono. É triste ver André recuar para garantir o bicho do time, ele tem qualidade para participar das fases ofensivas. Jhon Kenedy seria o reserva ideal para dar vigor e ser opção ao Cano, quanto este precisar de um descanso.
A próxima partida é na terra de Claudia Barros, Daniele Brandão, Mauro Jácome e grande elenco. Fluminense e Bangu jogam em Brasília, a capital federal.
Diniz poderia dar oportunidades a jogadores que serão úteis. Não aguento mais ver entrar na equipe, para garantir o bônus de vitória, Felipe Melo e Willian Bigode.
Saudações Tricolores e vitória sempre.