1º Tempo

Cristóvão mandou o time para campo com o objetivo de sufocar o Figueirense e arrancar a vitória. Os 20 primeiros minutos foram de pressão total. Wagner, Conca e Rafael Sóbis se movimentando e Fred centralizado. Diguinho, Jean e os laterais ocupando a intermediária. Com essa formação, o Fluminense envolveu, completamente, o adversário. A bola circulava com velocidade e a marcação não achava os jogadores tricolores.

O Figueirense optou por não sair da defesa, portanto, o gol de Tiago Volpi correu riscos durante todos os 45 minutos.

Aos 31’, depois de uma bola muito bem ajeitada de peito pelo Fred, Rafael Sóbis bateu de chapa, no ângulo, da entrada da área, fazendo um belíssimo gol.

Ao contrário do Fluminense de outros tempos, após o gol, continuou na garganta do time catarinense. Aos 44’, Wagner penetrou pela esquerda e foi derrubado pelo zagueiro Tiago Heleno. Fred pegou a bola para bater. Claro, a torcida ficou apreensiva, afinal, o artilheiro perdeu vários pênaltis nos últimos tempos. Correu, bateu e… goleiro para um lado e bola para o outro. 2 x 0.

Em resumo: excelente primeiro tempo

2º Tempo

O Fluminense voltou dos vestiários marcando por pressão com cinco ou seis no campo do adversário. Logo aos 7’, Fred perde um gol incrível, após bela jogada de Conca e Wagner pela esquerda e uma deixada do Sóbis. O chute foi em cima do goleiro.

Após esse lance, o Fluminense passou a girar a bola e esperar a oportunidade para entrar na área do Figueirense. Aos 13’, após insistência de Sóbis, o zagueiro Nirley marcou contra. 3 x 0. E a marcação por pressão continuou mesmo com o placar largo.

A partir da metade do segundo tempo, as investidas passaram a ser pelas laterais do campo. Bruno sobressaiu-se e criou diversas jogadas pela direita. No entanto, como tem dificuldades de cruzar em velocidade, a defesa do Figueirense conseguiu neutralizar. Carlinhos tentou jogadas de velocidade em diagonal. Inclusive, quase fez um golaço, mas o goleiro catarinense fez bela defesa.

Depois dos 40 minutos, três sustos: Valência salvou um gol na marca do pênalti; um arremate que Cavalieri olhou e torceu; um chute que o goleiro tricolor colocou para fora.

Em suma: ótimo segundo tempo até os 40 minutos.

Saldo final: atuação tática e técnica muito boa. Outra postura em relação ao Campeonato Carioca. Se o que vimos deve-se ao trabalho de Cristóvão Borges, estou um pouquinho mais otimista. Algumas das características do futebol atual foram colocadas em prática: compactação no ataque (na defesa não foi possível observar por falta de oportunidade), preferência pela posse de bola na transição da defesa para o ataque (houve alguns chutões, mas poucos), velocidade na saída de jogo usada como uma das opções e não como regra.

Vários jogadores tiveram ótima atuação: Bruno, Wagner, Conca, Rafael Sóbis (o melhor do jogo). Fred e Carlinhos fizeram boa partida. Diguinho e Jean tiveram alguns altos e baixos. A dupla de zaga teve uma atuação facilitada pela inexistência de adversário. Cavalieri foi um expectador privilegiado.

Muito bom público: 35 mil. Torcida atuante e positiva. Belo espetáculo.

Caramba! Meu ídolo quando jogador do Fluminense, Edinho, faz umas observações…

Panorama Tricolor

@PanoramaTri @MauroJacome

Revisão preliminar: Rosa Jácome

Foto: globoesporte.com