Amigos, amigas, é provável que vejam com péssimos olhos a minha análise. Faz parte do ofício. Estou longe de dizer que o Fluminense não mereceu a classificação, mas vão repetir quinhentas vezes o lance do pênalti em Matheus Martins e não vão me convencer de que a falta foi dentro da área. Sem entrar na discussão dos detalhes.

Mesmo o gol de Germán Cano foi, ao meu ver, duvidoso. As interpretações do VAR, que interpreta demais para o meu gosto, foram, no meu entender, equivocadas.

O que o Fluminense jogou, ao contrário, não nos desmereceu, muito embora tenha, em todos os momentos, sido abaixo do time que vinha encantando os admiradores do bom futebol.

Depois de um primeiro tempo em que nosso modelo de jogo não prevaleceu, apesar da posse de bola, tanto que terminamos derrotados por 2 a 0, Diniz voltou a recorrer a uma substituição ousada, dessa vez mais ainda, tirando Nino, um dos craques do time, dessa vez em má jornada, e colocando Martinelli, um volante.

O resultado foi o mesmo de quando enfrentamos o Santos. O time subiu de produção, dominando o meio e ganhando consistência no seu modelo de jogo. A diferença é que, após os dois gols, que nos davam a classificação, não houve um surto delirante, que quase, naquele jogo, nos custou, além da vitória, quase uma derrota nos minutos finais.

Parece óbvio que não gostei do que vi no jogo de ontem, mas não gostar não desqualifica, de todo, a nossa classificação. Mas é que isso aqui não é Flamengo, é Fluminense Football Club. Independentemente do desempenho do time ou do resultado, ficou a impressão desagradável de que fomos ajudados pelas interpretações da arbitragem. Os torcedores do Fortaleza, que merecem todo nosso respeito, têm razões para questionar, e esse tipo de coisa não nos é grata.

Pelo menos, não tivemos substituições estapafúrdias, e isso foi fundamental para nosso domínio no segundo tempo e para nossa vitória, cujos méritos não devem ser contestados, pelo menos à luz da atitude que tivemos em campo.

Vivemos um momento preocupante ainda, que só será superado com decisões arrojadas da comissão técnica. Para mim, o Brasileiro está perdido, mas isso não justifica entrarmos em campo com essa certeza. Temos que brigar, porque é o que se pode e deve esperar do Fluminense. Se temos ou não elenco, esse é outro assunto, que merece todos os holofotes. A história tem dito que temos mais elencos do que seriedade na gestão do futebol, mas isso já é de domínio comum.

Saudações Tricolores!