Olá a toda gente querida, ontem foi dia de testemunhar in loco – ‘ô loco’ – o que estaria por vir no porvir. Saí de casa com misto de ansiedade e preocupação com as escolhas que Diniz, não o Marcelo, faria para a partida.
Além de ver de perto, sentir a adrenalina do estádio, tinha mais motivos: assistir junto ao Andel, além de Maurício, somados aos encontros casuais com Rodrigo e Heitor, enfim.
Como um Drama de Angélica, assim foi desenhado o jogo entre os Tricolores, o original (nosso) e o cearense (deles). Ao som de “eu vou ficar louco da cabeça” e “vim ver o Flu, meu grande amor, graças a Deus sou Tricolor” começamos a peleja, porém mutilados no primeiro tempo pelo Leão do Pici.
A equipe treinada pelo excelente Juan Vojvoda joga e se posiciona muito bem orquestrada. A equipe do Nordeste tem sorte do treinador que tem. Deu até um pouco de inveja. Mas o nosso Diniz, responsável por me fazer vestir a alcunha de dinizista, dinizete e outros trelelés vociferados por quem adora repelir a ideia, a intelectualidade em uma conversa e introduzir elementos paupérrimos, reduzindo o contraditório ao campo das paixões, sabores e dissabores.
Aceitamos a imposição e marcação da equipe adversária como um eleitor aceita o fado de eleger um ‘menos pior’. Estávamos chocando contra paredes flácidas e lógicas, que nos fizeram descer de patamar e jogar de forma a qual não estamos acostumados, sem a intensidade e inteligência costumeiras.
O Fortaleza se aproveitou também de dois momentos de abstração nossa. No primeiro, Arias caiu pedindo uma falta, inexistente segundo o árbitro, e enquanto Ganso reclamava do lance – recebendo cartão amarelo, inclusive – o Fortaleza foi lá e encontrou seu primeiro gol. Minutos depois, em uma bobeada generalizada da nossa galera, o Fortaleza faturou mais um: dois a zero, um banho de água gelada.
Temi pelo que Diniz pudesse fazer. Repetir Aposentado Melo no lugar de um zagueiro me faria ir embora no início da segunda etapa, para chegar a casa mais cedo e sofrer em paz. Mas não, teve coragem (e um pouco de sorte) em trazer Martinelli – para pseudo-entendidos: ‘Mortinelli’ – no lugar de Nino que, sem dúvidas, se abateu ao ter falhado no primeiro gol.
A simples entrada de Matheus Martinelli fez a equipe ter mais engajamento na campanha, duríssima, de perseguir os dois gols que estavam polarizando nossas preocupações. Permitindo automaticamente que Arias, Ganso e Cano pudessem errar mais, tentando acertar. Aumentando a margem de erro.
Escavamos e encontramos uma linda jogada de Matheus Martins, terminada em pênalti, promovido pelo VAR, pois Wilton havia marcado o contato fora da área. Aos dezessete minutos, Ganso deslocou o goleiro com maestria para o dois a um. Um pouco depois, aos vinte e cinco, o Fluminense articula grande jogada, termina em cruzamento de Arias para Cano marcar o empate e classificação Tricolor às semifinais.
Já nos acréscimos, Diniz recompõe a zaga colocando D. Duarte no lugar de Arias, aos noventa e quatro minutos, que saiu extenuado e ovacionado: ‘a moça disse merece’. E os jabaculenses ficaram para os minutinhos finais: aos noventa e seis, Cristiano da Moldávia e Felipe Melo entraram para as despedidas de Caio (que teve chances de matar o jogo, mas não conseguia tomar decisões honestas) e Gustavo Nonato, respectivamente. Rufino entrou vaiado, com alguns latidos constrangidos, ficou dois minutos em campo, mas teve tempo de levar seu cartão amarelo e conquistar seu ‘green’, que deve pagar pouquíssimo, tamanha a constância que este evento acontece.
Bate-bola:
– Diniz pode extrair de ontem uma valiosa lição: não dá para, em período útil da partida, usar ex-jogadores e jabaculenses, pois a vida é trânsito, dia útil, não domingo.
– A equipe precisa e merece um descanso. Que seja no sábado contra o Coritiba, pois nosso cobertor é demasiado curto.
– Diniz precisa aprender a ler o que cada partida pede. Ontem fez o certo, de ter mais um homem de meio, mas receio que tenha sido ao acaso.
O GRAVATINHA AINDA PERMANEÇA ESOTÉRICO A DAR AS CARTAS E A NOS SALVAR NOS MOMENTOS MAIS DRAMÁTICOS ONDE NÃO SE PERCEBA UMA SAÍDA A UM FUTEBOL RASO E SUPERFICIAL E INÓCUO E REPLETO DE FALHAS MAS A CARREGÁ – LO A CAMISA TRICOLOR DAS LARANJEIRAS QUE SUPERA TODA ESSA INEFICÁCIA À ESPERA AGORA SE SAIBA DOS MOSQUETEIROS DO EX PARQUE SÃO JORGE E AGORA DO ITAQUERÃO E ASSIM A IDEIA DE QUE UM FLA X FLU É UMA GRANDE OPORTUNIDADE AO AI! JESUS!…MÍSTICA DECISÃO?…
Foi o suficiente para quase vencer no final. Time consciente. Pena que algumas falhas acontecem por falta de velocidade dos zagueiros ( todos eles ). Meio de campo e ataque temos a granel.
Falando em música, fiz minha versão de uma delas:
Caio Paulista vai jogar,
e eu vou ficar,
com dor de cabeça…
Ahahahaha