Fluminense 2 X 2 Ceará: atuações (por Mauro Jácome)

Logo de cara, Fred aproveitou uma bola errada do Ceará e bateu com perigo. O posicionamento tricolor mostrava a postura ofensiva em busca da vantagem. Aos 12’, veio o gol. Melhor, um golaço. Um golaço em dois atos. Primeiro, a trama: Barcellos, Nenê de calcanhar, André de primeira, Nenê no futuro, cruzamento perfeito de Barcellos. Depois, a finalização: cabeceio de Luiz Henrique no ângulo oposto de Fernando Prass. A partir dos 25’, o Fluminense diminuiu muito o ritmo. Dessa forma, chamou o Ceará para o campo de ataque. Claro que o gol não tardaria. Um cruzamento, os zagueiros altos deixaram o desvio no primeiro pau e Hudson empurrou a bola contra as próprias redes. Logo depois do empate, Luiz Henrique teve a oportunidade de fazer o segundo, mas Prass fez a defesa. O Fluminense continuou desarticulado em campo até o fim do primeiro tempo.

Com Caio Paulista no lugar de Hudson, o panorama do jogo não mudou no início do segundo tempo: o Ceará no ataque e o Fluminense correndo atrás. Trocava cinquenta passes e não chegava à área de Prass. Ao contrário, o Ceará com cinco estava perto de Muriel. Quando o jogo entrou num marasmo, Digão resolveu dar emoção: perdeu uma bola infantil e deu de graça o gol da virada. Mesmo tropeçando nos próprios erros, achou um gol no finalzinho, diminuido o prejuízo.

MURIEL

Ficou perdido com o toque de cabeça no gol do Ceará.

IGOR JULIÃO

Quando o Ceará avançou as linhas, tomou um passeio de Sobis, Léo Chú e Bruno Pacheco. Muito afoito nas arrancadas para o ataque.

NINO

Teve problemas porque tinha que sair em auxílio a Julião. Assim, deixou espaços para a infiltração dos atacantes do Ceará.

DIGÃO

Quando sai do modo Digão e tenta entrar no modo Edinho, entrega o ouro.

DANILO BARCELOS

Prioriza a marcação e evita deixar espaços ao lado da área. Desde que entrou, deu mais consistência ao sistema defensivo. Cruzamento perfeito para o gol de Luiz Henrique. Bem colocado no gol de empate.

DODI

Alto e baixos. Conseguiu desarmes e algumas saídas rápidas, mas errou passes que proporcionaram o cerco do Ceará.

YAGO

Nem jogou. Machucou logo nos primeiros minutos.

ANDRÉ

Chamou o jogo para iniciar as transições. No gol de Luiz Henrique, brigou e ganhou a bola na triangulação com Nenê. Sumiu depois que o Ceará tomou o controle do jogo.

FELIPPE CARDOSO

Inútil.

HUDSON

Péssimo primeiro tempo. Ficou trotando em campo, não ajudou na organização ofensiva, não apertou na marcação e, ainda, atrapalhou no gol do Ceará.

CAIO PAULISTA

Entrou para tentar fazer com que o raio caísse de novo no mesmo lugar. Óbvio que não ia acontecer. Estragou alguns ataques, mas teve o mérito de cruzar na cabeça de Fred para o empate.

NENÊ

Puxou muitos contra-ataques e se entendeu com Danilo Barcellos. Caiu de produção no segundo tempo.

GANSO

Tão inoperante quanto o Hudson.

LUIZ HENRIQUE

Um belo gol. Movimentou-se bem entre o lado direito e o meio, revezando-se com Fred entre os zagueiros do Ceará.

MARCOS PAULO

Entrou animado, mas logo caiu na mesmice.

FRED

Os passes e os cruzamentos foram longe do alcance. No único bem feito, fez uma ótima assistência para Danilo Barcellos empatar.

ODAIR HELLMANN

Voltou com os poupados – Fred e Nenê – do jogo anterior e com Danilo Barcellos, que estava suspenso. Não poderia ser diferente. Repetindo o que aconteceu em BH, perdeu um jogador logo no início. Desta vez foi Yago. Não inventou, colocou André. Depois do gol, o pecado de sempre: recuou e tomou o empate. Depois de um péssimo primeiro tempo, tirou Hudson e colocou Caio Paulista. Caio Paulista? A desorganização mostrou que a conversa do técnico no intervalo foi inócua. Para piorar, as substituições agravaram a desconexão entre o meio e a frente. O gol de Barcellos não ameniza a péssima atuação do Fluminense.

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#credibilidade

2 Comments

  1. Entendo e respeito que cada torcedor tenha sua própria visão do que deve ser um jogo, mas me parece que há uma má vontade explícita com relação ao Ganso. Pelas análises parece que estamos assistindo a jogos diferentes. Nenê, para mim é um peladeiro de 39 anos, é titular absoluto, joga a maior parte do tempo e aparece com frequência nos jogos contra adversários irrelevantes. E o outro? Bem, o outro é um craque diferenciado que tem como comandante e líder o grande profeçô Odair, um cara que não…

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