Pressionado pela marcação alta do Internacional, o Fluminense tinha dificuldades para chegar ao campo de ataque nos 10’ iniciais. A partir do momento em que Igor Julião e Caio Henrique avançaram, as linhas tricolores empurraram as coloradas para trás. E as chances surgiram: aos 12’, Igor Julião fez ótima jogada se infiltrando pela direita, a bola sobrou para Pedro, que mandou na trave; aos 15’, bela troca de passes na entrada da área e Ganso bateu para defesa de Marcelo Lomba; aos 27’, Yoni passou por dois e bateu rente a trave. O Internacional saiu da defesa, o jogo ficou aberto e o Fluminense se desorganizou. Ganso e Daniel ficaram em minoria no meio-campo e os erros de passes quebraram o ritmo. O Internacional cresceu na partida, mas Muriel evitou o gol.
O Fluminense voltou mais compactado e pressionando a saída de bola do Internacional. Foi uma avalanche tricolor. As chances foram se sucedendo. Aos 12’, Allan acionou Caio Henrique, que acreditou, passou pelo marcador, foi ao fundo e cruzou para Yoni, que pulou entre os zagueiros e cabeceou para chão. 1 x 0. A pressão continuou. Pedro deu uma assistência sensacional de calcanhar para Marcos Paulo, que perdeu na cara de Marcelo Lomba. Logo depois, foi a vez de Yoni obrigar Lomba a grande defesa. Aos 22’, Ganso roubou a bola e tocou para Pedro arrancar em direção ao gol; na entrada da área, devolveu para Ganso, que perdeu o controle, mas a zaga colorada se atrapalhou e mandou para as próprias redes. Com a vantagem, o Fluminense trocou passes para administrar o resultado. Criou algumas oportunidades, mas relaxou na marcação. Numa bola do fundo, Muriel foi mal e espalmou para o meio da área. Edenilson vinha na corrida e bateu para o gol vazio. Foi só. Boa atuação do Fluminense e, enfim, uma vitória no Brasileiro.
MURIEL
Defesa espetacular aos 23’, num chute longo e em curva de Fuchs. Voou e tocou para escanteio em chute de Wellington Silva aos 36’. Aos 42’, fez outra grande defesa em cabeçada de Tréllez. No segundo tempo, foi menos exigido. Bobeou no gol, ao espalmar para o meio, onde não tinha ninguém do Fluminense, só Edenilson.
IGOR JULIÃO
O Internacional concentrou os ataques pelo seu lado. Quando teve campo, partiu para dentro e criou oportunidades para os atacantes. No momento, pela personalidade, coragem e pela péssima fase de Gilberto, é titular indiscutível.
DIGÃO
Grande partida. No estilo xerifão, esteve atento na cobertura dos companheiros de defesa. Ganhou pelo alto e cortou lançamentos para os atacantes colorados. No primeiro tempo, ficou exposto quando o meio-campo perdia a bola e as linhas estavam distantes, mas se saiu muito bem.
NINO
Não teve vida fácil porque o Internacional posicionou vários jogadores pelo lado esquerdo de ataque, mesmo assim, foi soberano. Sabe utilizar a altura, mas tem dificuldades quando sai para marcar no meio-campo.
CAIO HENRIQUE
Acompanhava os ataques tricolores, no entanto, refugava e tocava para trás ou cruzava com os atacantes marcados. No segundo tempo, foi mais ofensivo e criou problemas para a zaga do Internacional. Fez grande jogada no primeiro gol. Quando os companheiros e adversários mostram cansaço, sobra no fôlego.
ALLAN
Tem muita facilidade para se livrar da marcação e partir em direção à intermediária adversária. Teve dificuldades em passar quando Ganso e Daniel embolavam. Foi um gigante na recomposição.
AIRTON
Recuperou o poder de marcação quando o placar estava garantido e o Internacional saiu para o jogo. Continua sem condições de atuar em jogos mais complicados.
DANIEL
Em momentos do primeiro tempo, ficou muito próximo a Ganso e embolou. Quando posicionou-se no corredor, o jogo fluiu verticalmente. Às vezes, demora com a bola no pé e perde o timing do passe. Cresceu no segundo tempo e foi um dos responsáveis para que a bola chegasse rápido no ataque. Cansou na parte final do jogo.
WELLINGTON NEM
Completamente fora de forma, mas a entrada foi importante para recuperar a confiança.
PH GANSO
O dono do jogo. Atuação à La Ganso. Quando os companheiros se movimentavam, tinha espaço para evoluir e comandava a transição e a distribuição pelos lados ou para os atacantes. Soube se colocar nos espaços entre as duas intermediárias. Só faltou o gol para coroar a excelente partida.
YONI GONZÁLEZ
Está encontrando os espaços necessários para criar jogadas e para finalizar. Bela cabeceada no primeiro gol. Pelas atuações e gols, tem despertado interesses de outros times.
PEDRO
Mandou uma bola na trave e tentou outras finalizações. Foi importante quando voltou para buscar jogo e puxar contra-ataques. Dessa forma, construiu a jogada do segundo gol. Também fez boas assistências, principalmente, no passe de calcanhar para Marcos Paulo perder grande oportunidade e ao fazer um corta-luz para deixar Ganso livre para concluir.
MARCOS PAULO
Joga fácil. Define a jogada com objetividade e categoria. Raramente toca para trás. Perdeu ótima oportunidade. Não deveria ter saído.
NENÊ
Apesar da movimentação, ainda não encontrou os espaços corretos para partir em direção à área.
FERNANDO DINIZ
A compactação melhorou, apesar da dispersão nos quinze minutos finais do primeiro tempo. A transição em velocidade também foi mais utilizada quando Ganso e Daniel ficavam em linha. Esse é um ótimo recurso para chegar ao campo ofensivo. As movimentações de Yoni e Pedro ajudaram a desorganizar as linhas de marcação do Internacional. Outro ponto positivo, foi o avanço dos laterais para criar espaços no eixo central do campo. A perda de concentração nos minutos finais permitiu o gol colorado. A entrada de Nenê poderia ter sido no lugar de Daniel, que já mostrava cansaço, com Marcos Paulo centralizado e fazendo parceria com o Ganso. É nítido o crescimento do conjunto, das transições e das alternativas para quebrar a marcação adversária.
Panorama Tricolor
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#credibilidade
Show, belas análises. S tc