Fluminense 2 x 1 Bahia (por Edgard FC)

Às vésperas de mais um aniversário do Gol de Barriga, o Fluminense em meio ao caos exposto, recebeu o Esporte Clube Bahia, hoje uma franquia do Grupo City, no Maracanã.

Sem Fernando Diniz na área técnica, pois vai ter dois jogos de descanso pelo terceiro amarelo e posterior vermelho conquistado em Volta Redonda quando comandou a equipe diante do empate contra o Galo, Eduardo Barros, o valente, e Marcão, cochicharam durante a partida, sempre de ouvidos atentos ao radinho comunicador.

Com alguns desfalques, além de poupar Ganso e Cano, o Fluminense foi a campo com Marcelo, um dos personagens dos bastidores tricolores nos últimos dias, além de Pirani e Lelê que, viriam a se tornar os heróis da partida alucinante.

O Fluminense começou impávido que nem Muhammad Ali, e como o lendário pugilista, tratou de colocar contra às cordas o Tricolor Baiano, empilhando chances, com Lelê, Arias, Keno, Marcelo e Pirani, mas Danilo Fernandes que substitui Marcos Felipe no gol adversário, tentou garantir o bicho.

Mas foi o Maior do Nordeste quem marcou primeiro: em contra-ataque de manual, contra o Fluminense, a bola invertida chegou para a finalização de Vinicius Mingotti que, de bate-pronto, decretou um a zero.

As coisas estavam de mal a pior: ainda na primeira etapa, Nino foi expulso, após revisão do VAR, em falta dura feita em Mingotti, por trás com as travas da chuteira em sua panturrilha.

Sem mexidas, recuando Martinelli como zagueiro, o Fluminense começou a segunda etapa, semelhante à primeira, subindo suas linhas e buscando os gols. Eles vieram.
Após uma pixotada do búlgaro-brasileiro Cicinho, a bola subiu na área, lelê se antecipou ao goleiro Mateus Claus (que substituiu Danilo ainda na primeira etapa, por lesão) e marcou de cabeça o empate.

Mesmo com um a menos, desde os trinta e sete minutos, o Tricolor seguiu melhor na partida, em uma das boas chances, Gabriel Pirani, arrancou com a bola, tocou e recebeu de volta, aos trancos e barrancos, cara a cara com o goleiro e virou o marcados para o Fluminense: dois a um, para amenizar o clima e alegrar alopaticamente o coração tricolor.

O roteiro do jogo até o final, foi com pitadas de drama e chances perdidas, como a do próprio Pirani que, após rebote na finalização de Lelê, tocou a bola na trave.
Sobrenatural de Almeida negociou com Gravatinha esse lance, já que o nosso fantasminha camarada havia intercedido para abrir os caminhos no gol de Lelê, ele resolveu impedir o segundo tento na mesma partida do peixe do Diniz. Um só, disse o fantasmagórico ranzinza, mordendo os lábios, pois nada mais pôde fazer até o fim da partida, no que o bom Gravata iluminou Fábio e a trave em nosso favor até o último silvo de Sávio Pereira Sampaio, dando um alívio até terça-feira, quando enfrentaremos o Sporting Cristal pela Libertadores, de olho na classificação.

Haja coração, diria Galvão Bueno, com uma taça de um bom merlot de sua vinícula.

Serviço do jogo:

Fluminense 2×1 Bahia
Campeonato Brasileiro 2023 – 12ª Rodada
Maracanã, Rio de Janeiro-RJ
Sábado, 24/06/2023 – 18:30h (Brasília)

Árbitro: Sávio Pereira Sampaio
Cartões amarelo: Samuel Xavier 45’+7’
Cartão Vermelho: Nino 37’
Gols: Vinicius Mingotti 28’ (Bahia), Lelê 49’ e Gabriel Pirani 51’ (Fluminense)

Fluminense: Fábio; Samuel Xavier, Nino©, David Braz e Marcelo (Felipe Andrade 64’); Martinelli, Lima e Gabriel Pirani (Guga 86’); Jhon Arias, Keno (Ganso 86’) e Lelê (Germán Cano 90’+4’). Téc.: Eduardo Barros. 4-3-3

Bahia: Danilo Fernandes (Mateus Claus 38’); Cicinho (André Dhominique 81’), Kanu©, Vitor Hugo e Jhoanner Chávez; Rezende (Daniel 81’), Nicolás Acevedo, Thaciano e Kayky (Arthur Sales 62’); Cauly e Vinicius Mingotti. Téc.: Renato Paiva. 4-4-2