Eis que o sino badalou no campanário, em favor do Tricolor, em Voltaço, cidade onde havíamos perdido para este mesmo CAP ano passado, pelos humilhantes quatro a um. Naquela ocasião, a equipe, que era tangida por Roger Machado, fez bem no início, seu um a zero, mas sucumbiu ao Furacão, que nem precisou se mover muito para triunfar.
Mas não desta vez, porque agora, depois de tanto tempo, habemus, minimamente, movimentações em campo que refletem o pensamento de treinamentos específicos de quem quer construir e não só destruir. Se ainda é cedo, cedo, cedo, para cravar que Diniz já conseguiu vender seu peixe, podemos ao menos afirmar que existe um padrão mais aceitável.
O primeiro gol veio depois de um lançamento de Wellington, que esticou a bola aérea até Germán Cano. O argentino dominou, ajeitou, fez um corte no adversário e fuzilou para o gol, um golão, golão, golão, abrindo o marcador para o Tricolor.
O Fluminense seguiu comandando o balancê, balancê, em uma espécie de tico-toque, mas com uns sincopados entremeados, controlou a partida por boa parte. Somente no finalzinho da primeira etapa é que o Athletico conseguiu encaixar duas boas descidas com Cannobio.
O clube paranaense, que havia terminado o primeiro tempo mais efetivo no campo do Fluminense, trouxe Marlos na vaga de Erick para tentar controlar o jogo por dentro. Até conseguiu, pois nos obrigou a trancar mais os caminhos centrais e sair mais na boa.
A necessidade de Fernando Diniz mexer no âmago do time, colocando Willian no lugar de Nathan e Jhon Arias, retornando de lesão, no lugar de Martinelli, pois se arvoraria a jogar somente em contra-ataques, mas sem perder o controle da posse de bola.
O jogo ficou previsível e até sonolento, pois parecia que todos estavam se anulando em campo. Então as equipes foram mexendo, enquanto alguns lances mais desleais aconteciam em campo, que ficou entrecortado com muitos atendimentos médicos.
Após boa jogada, do malemolente Arias pela direita, a bola foi por elevação passear nas cabeças de Luiz Henrique e depois na de Willian, até que encontrou o tórax de Cano. Este derivou a pelota em um forte amplexo e de semi-voleio mandou para as redes, ampliando em dois a zero para o meu, o seu, o do Mauro, do Paulo, dos Marcelos, do Fábio, do Raul, da Claudia, da Dani, da Mitya, do Tarcísio, do Aloísio, do Heitor, do Victor e Victer, do Carlos Henrique e dos meus quatro filhonenses, o nosso Tricolor. Desculpem os nomes não citados, mas o fôlego acabou.
O Fluminense ainda trouxe ao campo de jogo Nonato e Caio Paulista, nos lugares de André e Luiz Henrique, mas quem marcou no finalzinho foi o Furacão, após um bate-cabeça na área. Fábio aceitou um gol, que teve a bola lhe escorrendo pelas mãos, mesmo sem se sentir. Mas não há tempo que volte, amor. Vamos viver tudo que há pra viver. Vamos nos permitir.
Hoje, só por hoje, bem, agora que o dever está cumprido, vou beber uma Sul Americana Pilsen e dormir com mais três pontos na barriga.