Amigos, amigas, o Fluminense conquistou nesta quarta-feira uma vaga nas oitavas de final da Copa do Brasil. Na verdade, a vaga já estava conquistada desde a vitória por 2 a 0 em Cariacica. O Flu só fez repetir o placar, embora houvesse quem esperasse um placar mais elástico.
Que não veio por uma certa falta de apetite por gols. Apesar de momentos estranhos vividos pela nossa defesa na primeira etapa, o Fluminense até que poderia ter saído de campo com um placar mais dilatado do que o humilde 1 a 0.
Gol que saiu da aproximação de três pilares da nossa trajetória recente. Ganso infiltra na área adversária e recebe passe precioso de Martinelli. Sem titubear, levanta a cabeça e encontra Jhon Arias livre, que bate de primeira, rasteiro, vencendo o goleiro Felipe.
O primeiro tempo do Fluminense, apesar das travessuras da nossa defesa, foi dominador e com bons elementos táticos, os mesmos que estamos acostumados a ver. Nem tanto nos últimos tempos, é bem verdade. Associações em torno da bola, pressão na saída do adversário e boas jogadas de infiltração.
Quem esperava o Fluminense avassalador no segundo tempo acabou frustrado. Diante da inoperância ofensiva do Sampaio Corrêa, o Fluminense parecia treinar suas saídas de bola apoiadas, mas sem agilidade nas trocas de passe. Com isso, tivemos metade do segundo tempo com o adversário dominando a intermediária.
Diniz, depois de muito tempo, resolveu mexer no time, tirando Keno, cansado, e Alexsander, para a entrada de JK e Renato Augusto. Substituição que não entendi, já que JK joga mais por dentro, quando o time precisava de amplitude, e Renato Augusto não é o jogador para dar a intensidade que o time precisava naquele momento.
Fato é que Ganso, numa das poucas jogadas agudas tricolores, encontrou Arias na área, que foi derrubado. Pênalti que o próprio perdeu, com muito mérito do goleiro, mas o Fluminense já estava pilhado, retomando o controle da partida. O gol veio logo em seguida, após roubada de bola, grande jogada envolvendo Renato Augusto e Arias, bola no travessão e JK emendando para o gol praticamente vazio.
Desde então, Diniz trocou peças, como se estivesse em um treino coletivo, trazendo Terans, Gabriel Pires e Izaac para o jogo. O Fluminense, com fôlego novo, voltou a ser dominador, mas sem grandes emoções para a fase final do jogo.
Não foi uma atuação empolgante, o adversário não era dos mais temíveis, mas tivemos um pouco de diversão, proporcionada, sobretudo, pela qualidade técnica indiscutível de nossos atletas.
Precisamos de mais apetite pelo gol e de construir uma solidez ofensiva que tem nos faltado ao longo dessa temporada. Se é permitido sonhar, penso numa zaga com Marlon e Thiago Silva, zagueiros de origem e com muita qualidade técnica.
Tirando isso, temos um saldo razoável na temporada, com o título da Recopa, classificação para as oitavas da Libertadores e da Copa do Brasil. O último episódio do mês de maio será o duelo com o Colo Colo, em que a vitória é importante, para que possamos terminar a fase de grupos da Libertadores como uma das três ou quatro melhores campanhas.
Quanto ao Brasileiro, o mês de junho será primordial. Não se trata somente de deixar a zona de rebaixamento, mas de avançar na briga pela parte de cima, porque o atual elenco tem a obrigação de pelo menos tentar brigar pelo título.
O que depende da política e das escolhas, o que nos leva ao mesmo lugar, porque elenco nós temos. As escolhas certas farão o futebol aparecer, as erradas nos trarão muita dor de cabeça.
Saudações Tricolores!