Terminado o jogo no Maracanã, a sensação de dever cumprido por fazer o mínimo necessário para viajar ao Paraguai com a vantagem essencial.

Diniz surpreendeu escalando dois homens de área e deixando de fora, até o final, Lima, talvez o jogador mais contestado no momento atual do Tricolor. Com isso, Chiqui Arce sacou Ortiz do time titular com a escusa de lesão para fechar a casinha com um terceiro zagueiro.

Como o esperado era que o Olimpia não fosse atacar, a ideia era espremer o adversário na defesa sem chances de respirar.

O Fluminense fez um primeiro tempo de domínio, mas sem eficácia. A eficiência estava em segundo plano, pois de que adiantava ter a posse de bola quase que total, sem finalizar de verdade? A rigor, chutamos duas vezes ao gol: uma com Cano, pegando uma bola que sobrou e foi travada pela defesa, e a outra foi a bola que beijou o barbante: André chutou da entrada da área, a bola desviou no defensor e entrou. Um a zero para o Flu.

As equipes voltaram iguais para a segunda etapa e, com isso, nada de diferente foi visto. Até que a equipe visitante fez duas alterações, empurrando a equipe um pouco para cima. Então Diniz fez o óbvio: mandou Martinelli a campo e, em menos de dois minutos, combateu contra a defesa do Olimpia, dando assistência para que Cano pudesse finalizar de dentro da área para ampliar o placar em dois a zero.

A equipe tricampeã da Libertadores fez um misto de satisfação com os dois a zero e fingiu contra-golpear, promovendo mais mudanças, mas sem ir com sede demasiada ao pote.

Ao final da partida, uma constatação: o placar em dois a zero foi bom, mas não excelente. Ganso, em entrevista pós-jogo, decretou: precisamos aprender com nosso próprio erro da temporada passada, em que vencemos por dois gols de diferença aqui e fomos eliminados pelo mesmo Olimpia lá no Paraguai.

Para meu desespero, o Fluminense agora precisa focar demais suas energias para este jogo de volta, portanto é demais importante poupar os principais jogadores na próxima rodada do Brasileirão, diante do Furacão, lá na Arena da Baixada.

Como nos definiu hoje, mais cedo, Paulo-Roberto Andel: a sorte está lançada.

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Serviço do jogo:

FLUMINENSE 2 x 0 OLIMPIA
Copa Libertadores da América – Quartas-de-final, jogo de ida
Maracanã, Rio de Janeiro-RJ
Quinta-feira, 24/08/2023 – 21:30 (Brasília)

Árbitro: Andrés Matonte (URU/FIFA)
Cartões amarelos: John Kennedy 87’, Nino 89’ e Lelê 90’+1’ (Fluminense); Walter González 24’, Fernando Cardozo 80’ e Mateo Gamarra 86’ (Olimpia)
Gols: André 43’ e Germán Cano 59’ (Fluminense)

FLUMINENSE: Fábio; Samuel Xavier (Guga 88’), Nino©, Felipe Melo (Martinelli 77’) e Diogo Barbosa; André e Ganso (Leo Fernández 77’); Jhon Arias (Alexsander 57’), Keno, John Kennedy (Lelê 88’) e Germán Cano. Téc.: Fernando Diniz. 4-2-4

OLIMPIA: Juan Espínola; Alejandro Silva© (Victor Salazar 81’), Jhohan Romaña, Junior Barreto, Mateo Gamarra e Facundo Zabala; Ramón Martínez (Hugo Quintana 70’), Hugo Fernández (Derlis González 81’) e Iván Torres (Marcos Gómez 55’); Walter González (Guillermo Paiva 55’). Téc.: Chiqui Arce. 5-4-1