O primeiro tempo foi uma lavada. O Fluminense fez o primeiro gol muito depois de já estar merecendo a vantagem, idem para o segundo. Velocíssimo, impetuoso e objetivo – poucos e rápidos toques, muitas vezes de primeira -, o Tricolor envolveu completamente o adversário paranaense, mantendo-se seguro na defesa: o Atlético deu dois chutes perigosos, por seus próprios méritos, de longe. A injustiça da primeira etapa foi o Sornoza não ter feito dois golaços, com chutes envenenados de fora da área, daqueles que antigamente se escutava o “Uuuuuuuhhhh” no Maracanã. Primeiro tempo de mão cheia, de dar gosto, uma coletividade que empolga. Dois a zero foi pouco.

Segundo tempo, continuou a pegada e o Flu já tinha perdido dois gols no mínimo. Outra vez um lindo chute do Sornoza com a bola raspando o pé da trave esquerda. Aos poucos, o ritmo alucinante diminuiu e o Atlético ocupou um pouco mais de espaço ofensivo. Para recuperar a velocidade, aos 25 minutos Abel tirou o aplaudidíssimo Marcos Jr. – ele se mata em campo -, pondo Matheus Alessandro. Não adiantou muito. Aos 33, quase Lucho González marcou, mas Júlio César foi com tudo e salvou com o pé. Pedro tentou dar o troco, mas chutou cruzado para fora. Em seguida o camisa 9 se machucou e saiu, entrando João Carlos. Partida administrada no fim sem maiores complicações, Sornoza saindo merecidamente ovacionado para a entrada de Douglas.

No saldo, Flu amplamente melhor em mais ou menos 70℅ da partida. Vamos pra cima da Chape!

Aos que curtirem ver a reprise do jogo no SporTV, lá está o velho Edinho de guerra elogiando muito o primeiro tempo do Fluminense e convocando a torcida tricolor a comparecer mais, prestigiando o bom momento do time (parabéns aos nove mil maníacos deste domingo). Quando o Flu vai mal, a culpa não é do comentarista, né? Agora que está muito bem, não custa reconhecer a fala. Edinho não é panfleteiro de blog, nem nanocelebridade de rede social.

Panorama Tricolor

Imagem: rap