Fechando as estreias nesta temporada, desta vez foi o início do Brasileirão no Maracanã, diante de um adversário que se tornou um rival, muito potencializado por uma certa partida lá pelos idos de 1996, ano do primeiro desastre. Naquele jogo, o houve uma verdadeira batalha campal, após o ex-goleiro tricolor Ricardo Pinto provocar a torcida beijando o escudo de seu novo clube, o CAP. O arqueiro fora posto para fora do clube como um cão sarnento ou rato de telhado.
Mas a verdade é que, enquanto o pequeno valente Athletico (agora se escreve assim) se modernizou e investiu em estrutura, o Fluminense, no mesmo período, engatinhou e se arrastou pelos gramados. Não fosse o mecenato da Unimed, nenhum tricolor, vivo ou morto, saberia dizer o que estaríamos fazendo da vida.
A partida deste sábado quente no ‘dia do descobrimento’ ou ‘avistamento do Brasil’, emparedado por dois feriados, um nacional, dia de Tiradentes, o inconfidente, o outro local, dia do Santo Guerreiro Jorge, o ‘padroeiro’ na marra dos cariocas, que o escolheram como santo protetor e também da Inglaterra, país que nos conecta diretamente por nos ter apresentado o futebol como ele é. Mas isso é papo religioso, deixemos ao largo.
A equipe de Fernando Diniz dominou praticamente a partida por inteiro, sequer deixando o clube paranaense respirar. O volume ofensivo era tanto, que não seria nenhum exagero descer para o vestiário já com uma goleada na conta, mas só fizera um: em lance retomado, Lima chutou da entrada da área, a bola desviou no defensor e saiu das possibilidades do ótimo goleiro Bento.
O Tricolor ainda viria a empurrar mais uma vez a bola para as redes, mas o VAR conclamou o árbitro a anular, pois no lance nosso jogador destoante Keno fez falta em impedimento na jogada. Ignorando isto, o lance foi lindíssimo, bela jogada de Arias pela direita, com direito a corta-luz de Cano para que André marcasse. Mas não valeu.
Na volta do intervalo, o Furacão se engraçou, chegando a soprar um bocado em nossa defesa. Mas o sistema funcionou como o quê, vive uma belíssima sequência invicta de quatro jogos, o último tento sofrido foi o de honra dos rivais da extinta Praia do Pinto.
O capitão da nossa gente, o excelente zagueiro Nino, mas que poderia ser chamado de Midas, fez um golaço, aço, aço de cabeça, após cruzamento de Alexsander, o pai da Sofia fez um lindo cabeceio no ângulo, sem chances para o arqueiro rubro-negro defender. Está virando rotina o Marcílio marcar para o Fluminense vencer.
O VAR ainda trabalharia mais uma vez. O árbitro viu um pênalti para o time da Arena da baixada, prontamente anulado pelas imagens, que mostraram com nítida matiz: a mão boba na bola fora do jogador do próprio Athletico.
O Fluminense agora coleciona seis pontos em dois jogos no Campeonato Brasileiro. Um início promissor na competição, tendo o próximo compromisso marcado para sábado próximo em Fortaleza para enfrentar a equipe de mesmo nome. Antes disso viaja até Belém para a volta contra o Paysandu pela Copa do Brasil e, após, fecha a sequência diante do River Plate, equipe do bairro Boca, em Buenos Aires pela Copa Libertadores.
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Serviço do jogo:
Fluminense 2 x 0 Athletico Paranaense
Campeonato Brasileiro 2023 – 2ª Rodada
Maracanã, Rio de Janeiro-RJ
Sábado, 22/04/2023, 16:00h (Brasília)
Árbitro: Paulo Cesar Zanovelli da Silva (MG)
Cartões amarelos: Samuel Xavier, Keno (Fluminense); Pablo, Erick, Pedrinho (Athletico)
Gols: Lima 11′, Nino aos 66′
Fluminense: Fábio; Samuel Xavier, Nino, Felipe Melo (Vitor Mendes 73’) e Alexsander; André, Lima (Thiago Santos 73’) e Ganso (Gabriel Pirani 79’); Arias, Keno (Lelê 79’) e Cano (John Kennedy 87’). Técnico: Fernando Diniz. 4-3-3
Athletico Paranaense: Bento; Madson, Pedro Henrique, Thiago Heleno e Pedrinho; Fernandinho (Vitor Bueno 46’), Erick (Christian 63’) e Léo Cittadini (Hugo Moura 24’); Cuello (Vitor Roque 65’), Pablo e Thiago Andrade (Rômulo 46’). Técnico: Paulo Turra. 4-3-3