Fluminense 2 x 0 Al-Ahly (por Edgard FC)

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Mas chegou o Mundial e o Fluminense então, estreou, eu chorei de emoção, eu chorei, pois sabia que um dia, esse momento eu viveria e viverei.

Depois de todos os dias, até então, serem dia quatro de novembro, agora todos anseiam e almejam o vinte e dois de dezembro. Mas para isto, neste dia dezoito, tinha o multicampeão egípcio e africano pela frente.

Apelando àquela velha máxima: ‘não existe bobo no futebol’, bobo é não apreciar um bom futebol, e este jogo fez jus à beleza e entusiasmo que esse rude e moderno esporte bretão proporciona, alternativas, controle de bola, contra-ataque, bolas na trave e o famoso: ‘uhhhhh’, um clássico entoado por torcidas mundo afora.

Repetindo a mesma escalação inicial que envergou diante o Boca Juniors, na final da Libertadores no Maracanã, lá foi a galera do Diniz navegar em águas nada tranquilas.

Com início nervoso e ainda compreendendo como pisar neste oásis, o Tricolor queimava o pé com a bola e a pressão alta, alternada com meia-pressão da equipe vermelha.

Os Vermelhos, como são conhecidos, não ficaram assistindo o ‘dinizismo’, muito pelo contrário, jogaram um bom futebol e assustaram por vezes a nossa meta, bem protegida por Fábio, nesta primeira etapa.
Arias esbarrou duas vezes na trave esquerda do goleiro Moha El-Shenawi, muito atento e bem guardado pela excelente defesa treinada pelo suíço Marcel Koller.

Nenhuma mudança nas equipes que desceram para os luxuosos vestiários do King Abdullah Sports City, em Jeddah, Arábia Saudita. Quem sabe um dos estádios que será ainda mais empoderado para a Copa do Mundo de 2030.

Nos primeiros minutos da segunda etapa, o Fluminense conseguiu controlar mais a bola e o território, concentrando mais pelo lado esquerdo. Porém, a equipe africana seguiu ameaçando mais em seus contra-ataques.

Em bela jogada pelo lado esquerdo, onde o Fluminense atuou insistentemente, Marcelo deu um ovinho em Percy Tau, em inversão de papéis, o sul-africano fez penal em nosso camisa 12. Na cobrança, Jhon Arias bateu com extrema categoria, no cantinho, sem chances para o arqueiro da seleção egípcia.

Após o gol, o Al Ahly quase marcou, duas vezes, em dois contragolpes, mas Fábio seguiu garantindo o bicho dos companheiros e a alegria de toda a torcida tricolor espalhada nos confins do mundo.

Aos oitenta e seis minutos de jogo, após várias substituições nos dois lados, o Fluminense teve a chance de ‘matar o jogo’, Jhon Kennedy serviu Germán Cano, mas o goleiro Moha Shenawy defendeu a tentativa de cavadinha do artilheiro do mundo.

Mas aos oitenta e nove minutos, o predestinado urso não desperdiçou, após excelente jogada de Martinelli (o melhor em campo), com direito a roubo de bola, arrancada, dividida, ainda fez uma assistência milimétrica para que, nosso menino de ouro pudesse estufar o barbante e enfim, colocar o Fluminense na final do Mundial.

Com os dois a zero, o Fluminense pode, enfim, tocar bola e controlar o jogo, até o fim.
Nesta terça, conheceremos o outro finalista, que sairá do confronto entre o inglês Manchester City e Urawa Red Diamonds do Japão.

O mundo inteiro merece assistir essa decisão entre Fluminense x City, colocando frente à frente: Diniz e Guardiola, Cano e Håland(?), Marcelo x Bernardo Silva, Ganso x De Bruyne, Doku x JK.

Um banquete de luxo para qualquer amante do futebol.

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FLUMINENSE 2 x 0 AL AHLY

Copa do Mundo de Clubes (FIFA) – Semi-final
King Abdullah Sports City – Jeddah, Arábia Saudita

Segunda-feira, 18/12/2023 – 15:00 (Brasília)
Arbitragem: Árbitro: Szymon Marciniak (Polônia), A1: Tomasz Listkiewicz (Polônia), A2: Adam Kupsik (Polônia), QA: Tori Penso (EUA)
Público: 34.986
Renda: não divulgada
Cartões amarelos: Matheus Martinelli 45’ (FLUMINENSE); Mohamed Abdelmonem 69’ (AL AHLY)
Gols: Jhon Arias 71’, Jhon Kennedy 90’ (FLUMINENSE)

FLUMINENSE: Fábio; Samuel Xavier (Guga 83’), Nino©, Felipe Melo (Marlon 76’) e Marcelo (Diogo Barbosa 80’); André, Martinelli e Ganso (Lima 80’); Jhon Arias, Keno (John Kennedy 80’) e Germán Cano. Téc.: Fernando Diniz. 4-3-3

AL AHLY: Mohamed El-Shenawy; Mohamed Hany, Yasser Ibrahim, Mohamed Abdelmonem e Ali Maâloul; Marwan Attia (Amr El-Solia 90’+1’), Akram Tawfik (Mohamed Magdy Afsha 75’) e Emam Ashour (Rami Rabia 90’+1’); Percy Tau (Karim Fouad 75’), Hussein El Shahat e Kahraba (Taher Mohamed 75’). Téc. Marcel Koller. 4-3-3