Ufa. É basicamente o que consigo espontaneamente manifestar após essa partida mequetrefe – mais uma – no Maracanã diante do Sporting Cristal.

O cansaço, comumente apontado como vilão em momentos de derrocadas, já não cola. Afinal, com a data FIFA, o time recebeu o bom e velho ‘pijama training’.

Outro ponto que chama atenção desse Fluminense das últimas sete, oito semanas: qualquer time faz gol no Tricolor, sem cerimônias, basta entrar e, sem pedir licença, estufa as redes de Fábio que, não fosse sua exuberante fase sob as goleiras do Time das Laranjeiras, talvez não conseguisse evitar vexames ainda maiores.

O jogo? Como o próprio caput já nos diz, foi um a um. Se me permitem: um certo controle das ações do jogo por parte da equipe treinada por Tiago Nunes; treinador que já sucedeu o Fernando Diniz no Athletico Paranaense e levou o Furação a melhorar significativamente seu jogo e ser campeão da Copa Sul-americana.

Tiago Nunes aliás, é um baita treinador, sem espaço no Brasil dos arranjos, está fazendo um excelente trabalho na equipe peruana.

Cano achou um gol mágico para abrir o placar quando Los Cerveceros estavam melhores na primeira etapa. E mesmo assim, Los Celestes ainda encontraram seu gol de empate com o atacante brasileiro Brenner, mantendo-se vivos para o segundo tempo.

No lance do gol adversário, uma cena chama atenção: Keno estava, precariamente, marcando o atacante que fez o gol. Duas perguntas: era ele mesmo quem deveria marcar o centro-avante oposto? Sendo ele, não poderia levar a sério a situação? Pois no lance, ele estava catimbando, cabeceando a barriga de Brenner, no que o nove da equipe peruana, facilmente se desmarcou e subiu absoluto para colocar a bola dentro do gol.

Os últimos quarenta e cinco minutos foram de drama, tensão e muita agonia, sobretudo pelos espasmos de memória com o fatídico dois de julho de dois mil e oito, quando tivemos mais de uma hora para marcar o gol que nos daria a Glória Eterna, mas não aconteceu.

Passamos aos trancos e barrancos, e agora estamos classificados às oitavas-de-final, e isso, por ora, é o que mais importa.

Ao fim, a torcida vaiou. Nós que acompanhamos o dia-dia sabemos que a vaia é pelo contexto, pelos movimentos que vem acontecendo nos bastidores, que somam às atuações precárias.

Uma evidência precisamos aqui comentar: a equipe não tem conseguido, com pernas e cabeça, reproduzir a intensidade do jogo coletivo pedido por Diniz. Temos resolvido alguns problemas com as individualidades habitantes nos jogadores.

Como estamos eliminados da Copa do Brasil, o mês de julho será de muitos dias para treinar ou descansar. Que a comissão técnica consiga tomar melhores decisões, para que a campanha na Libertadores possa nos orgulhar.

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Serviço do jogo:

Fluminense 1 x 1 Sporting Cristal
Copa Libertadores – Fase de grupos 6ª Rodada
Maracanã, Rio de Janeiro-RJ
Terça-feira, 27/06/2023

Árbitro: Piero Maza (Chile)
Cartões amarelos: Samuel Xavier 60’ e Germán Cano 75’ (Fluminense); Nilson Loyola 25’, Jesús Castillo 26’, Alejandro Hohberg 56’, Yoshimar Yotún 75’ e Leonardo Diaz 89’ (Sporting Cristal)
Gols: Germán Cano 22’ (Fluminense); Brenner 37’ (Sporting Cristal)

Fluminense: Fábio; Samuel Xavier, Nino©, Felipe Melo e Marcelo (Felipe Andrade 90’); André Lima (Gabriel Pirani 83’) e Ganso (Martinelli 75’); Jhon Arias, Keno e Germán Cano (Lelê 90’). Téc.: Fernando Diniz. 4-3-3

Sporting Cristal: Renato Solís; Jesús Castillo, Ignácio, Rafael Lutiger (Leonardo Diaz 79’) e Nilson Loyola (Leandro Sosa 87’); Jesús Pretell (Martín Távara 72’), Jhilmar Lora e Yoshimar Yotún©; Joao Grimaldo, Alejandro Hohberg (Washington Corozo 79’) e Brenner (Irven Ávila 87’). Téc.: Tiago Nunes. 4-3-3