Fluminense 1 x 1 Juventude (por Marcelo Savioli)

Amigos, amigas, mais um jogo preocupante do Fluminense. O de hoje tem um ingrediente a mais, porque a escalação sugeria algo melhor do que o que foi visto em campo.

A volta de Marquinhos à lateral direita, que sugeria uma alternativa diferente para a nossa saída de bola com transição. Um recurso que não apareceu em campo.

A entrada de Marlon na zaga, com Martinelli voltando ao meio de campo, fazendo parceria com Ganso, Alexsander e Arias, o que nos proporcionou alguns bons momentos de lucidez no primeiro tempo, mas foi só.

Levamos um sufoco do Juventude nos primeiros 10 minutos, o que, por si só, já era prenúncio de algo desagradável, haja vista o fato de estarmos nós, campeões da América, jogando em casa.

Depois de uma aproximação nas imediações da nossa área, com Ganso e Martinelli se aproximando dos defensores, tivemos a oportunidade de relembrar nossa jogada mais letal.

Depois da troca de passes apertada, Ganso achou Arias, que disparou com campo aberto. A jogada terminou com virada espetacular de Marcelo para Cano, que matou a bola e bateu cruzado para a defesa do arqueiro.

Foi praticamente tudo que vimos do Fluminense 100%, que hoje esteve 20% no conjunto da obra, uma constante em 2024.

É preocupante quando você, olhando a escalação, percebe a possibilidade de uma boa atuação ofensiva, mas acaba se frustrando.

É pior quando, depois de conseguir passar mais de quarenta minutos sem ser ameaçado, o Fluminense entrega o gol de empate ao adversário. Mais uma vez Fábio, agora numa jogada sem maior complicação, assiste o adversário com um passe precioso, decretando a igualdade.

Dali para a frente, a irritação da arquibancada entrou em campo, deixando os jogadores divididos entre executar o combinado ou ir para o bundalelê.

Quando você não sabe o que fazer, não faz nada ou faz besteira. Foram assim os minutos finais.

Nenhum jogo nessa temporada foi tão preocupante quanto o de hoje, ainda que seja preciso colocar na balança os méritos do Juventude, um time que atuou coordenado o tempo todo, aderindo bem a todas as fases do jogo.

O empate foi um resultado justo pelo que as equipes apresentaram, mas nós ficamos com as respostas de sempre, para nosso desespero. O resultado e o desempenho de hoje são fiéis à nossa posição na tabela.

Falta foco, energia e propósito nos jogos. Cada vez mais, falta torcida, que vai se afastando do estádio, mesmo sem perceber o porquê ou a gravidade do que isso representa.
Cada vez menos acreditamos que voltaremos a ver o Fluminense de Diniz que cativava e arrastava multidões. É o nosso novo normal, em que mais vivemos dos brilhantismos individuais efêmeros do que da consistência de uma coletividade que já funcionou como uma sinfônica.

Saudações Tricolores!