O Fluminense começou com excesso de cautela. Chamou o Flamengo para o campo de ataque. Gabriel Teixeira era o único que tentava desafogar, mas ficava cercado e sem opções. O Flamengo pressionava a arbitragem e tomava conta do apito. Qualquer tentativa de evolução era barrada com faltas. Encurralado, o perigo rondava o gol de Marcos Felipe. Num festival de erros de Egídio, que começou com um passe errado na intermediária defensiva e terminou com uma falta dentro da área, o pênalti foi marcado e convertido. O Fluminense não conseguia completar as jogadas e a bola voltava para o adversário. As dificuldades eram tantas que só chegou duas vezes com perigo: aos 19′ com Kayky, que chutou rente à trave e aos 43’, num contra-ataque Gabriel Teixeira disparou pela direita, cruzou, Fred errou o chute, Nenê não teve domínio e Martinelli não conseguiu concluir. Egídio e Yago comprometeram o sistema de marcação e sobrecarregaram a zaga.
Com Cazares no lugar de Nenê, não houve alteração no panorama ofensivo, o Fluminense continuava com dificuldades para chegar na área, mas diminuíram os espaços entre as duas intermediárias. Roger resolveu radicalizar e fez três substituições: Abel Hernández, Luiz Henrique e Caio Paulista nos lugares de Freed, Kayky e Gabriel Teixeira. Com o gás renovado, mesmo inferior tecnicamente, o Fluminense cresceu na partida. Aos 31’, Egídio cruzou altou, Luiz Henrique ajeitou e Abel empatou. Logo em seguida, Luiz Henrique teve a bola do jogo, mas bateu errado na saída de Gabriel Batista.
MARCOS FELIPE
Boas intervenções. A cada dia, mostra mais segurança.
CALEGARI
Evitou largar Bruno Henrique e fechou bem o lado direito da defesa. Arriscou mais no segundo tempo.
NINO
Muito trabalho com as trocas de passes perto da área. Teve que fazer a cobertura de Luccas Claro. Foi bem pelo alto.
LUCCAS CLARO
Vendido várias vezes pelos espaços deixados por Egídio, ficava no impasse entre guardar posição e sair na cobertura.
EGÍDIO
Um festival de bobagens. Comprometeu o sistema defensivo. Quem se posicionasse pelo lado esquerdo da defesa entrava na área e levava perigo. Melhorou no segundo tempo. Provavelmente, porque Luiz Henrique ajudou na marcação e também porque o Flamengo diminuiu as investidas por ali.
MARTINELLI
Teve o trabalho dificultado pelo espaço depois do meio-campo. Com a entrada de Cazares, conseguiu sair para o jogo.
YAGO
Correu para todos os lados, mas de forma burra, e sobrecarregou Martinelli.
NENÊ
Errou tudo e comprometeu a atuação do time.
CAZARES
Entrou com a obrigação de organizar a transição. Ajudou a corrigir a marcação, mas não melhorou o passe em profundidade.
GABRIEL TEIXEIRA
Na etapa inicial, movimentou-se e conseguiu aparecer desmarcado várias vezes, no entanto, a maioria dos lançamentos para ele foram errados. Mesmo assim, foi o principal homem de ataque. Cansou no segundo tempo.
CAIO PAULISTA
Teve boa oportunidade de cabeça, mas mandou para fora.
KAYKY
Marcado em cima no primeiro tempo, foi obrigado a tocar curto e não explorou a principal característica: o drible e o arranque.
LUIZ HENRIQUE
Entrou muito bem e mudou o ataque tricolor. Forçou as jogadas pela esquerda e levou vantagem. Inteligente ao escorar para Abel empatar. Teve a bola para virar o placar, mas concluiu mal.
FRED
Muito mal. Irritado com a arbitragem, estava desconcentrado. Não foi nem sombra do jogador vibrante e decisivo da Libertadores.
ABEL HERNÁNDEZ
Fez o que dele se espera: gol.
ROGER MACHADO
O meio-campo estava em minoria em relação ao adversário. Os passes errados de Nenê e o posicionamento de Nenê contribuíram. Sacou Nenê no intervalo e colocou Cazares para corrigir o passe. Melhorou a marcação, mas o passe não aconteceu. Foi feliz quando colocou Luiz Henrique. O garoto equilibrou o jogo. Precisa rever a lateral esquerda. Egídio matou o time no primeiro tempo.
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Nenê é peça nula para a equipe…Ex jogador em atividade…