Fluminense 1 x 1 Botafogo (por Paulo-Roberto Andel)

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Gigantes sofisticados

Com bem menos público do que o esperado – e muito menos alvinegros ainda, quase um exílio – várias fogatas, lindas, nossas tricolores maravilhosas não deixam por menos -, dezenove mil pessoas, Fluminense e Botafogo foram a campo para mais um passo das definições em 2013. Empate injusto no Maracanã, mas o futebol não é feito de quase.

Cada um teve seus bons momentos na partida, mas o volume tricolor foi bem maior nos noventa minutos – o problema é não traduzir a posse de bola nos dois últimos toques mortíferos. O Flu começou melhor e logo marcou seu gol, com a sagacidade do garoto Biro-Biro, nosso melhor dos primeiros 45 minutos. Depois o Botafogo tentou equilibrar, empatou numa bobeada da defesa em conclusão quase involuntária de Bolívar – um chatíssimo, aliás, com muita marra e pouca boa -, depois prevaleceram as caneladas de Gum e Euzébio. Também tivemos nossas chances, duas ou três, o Biro de azougue pela esquerda e Felipe com aqueles passes lindos – e a dor de pensar que isso vai acabar em breve – até o passe errado sai bonito. Cavalieri e Jefferson seguros. Rafinha jogou um bolão na direita. Sobis é o nosso aríete, não à toa o jogador que mais vezes finalizou neste campeonato.

No entanto, pagamos a conta justamente na má finalização, no último lance: num clássico, não se pode desperdiçar chances de ouro – e as tivemos a granel no primeiro tempo, uma ou outra no segundo. Mas não que fosse exclusividade nossa: o Botafogo, mesmo acuado na maior parte do tempo, tentou um ou outro bumba-meu-boi em nossa área – e em noite de horror da nossa zaga em vários momentos, ter sofrido apenas um gol ficou bem na conta.

Sandro Meira Ricci? Permanente piada de mau gosto. Chega a ser difícil imaginar que o sujeito seja árbitro profissional: todas as suas partidas são marcadas por erros de marcação dos lances, tempo de jogo parado, jogadores em bate-boca.

Sem Carlinhos, que tinha saído no primeiro tempo por contusão – entrou Ronan -, o Flu retomou o caminho do ataque no segundo tempo. Mais correria, menos criação. Depois Felipe também saiu, veio Rhayner – não tenho convicção. A graça esteve na reação desesperada da torcida quando Luxemburgo chamou Diguinho, tentando impedir a alteração no grito – Wagner machucado. Os dois times tentando sair com alguma rapidez, nem sempre com qualidade.

No fim, o cansaço decretou o empate. Fomos bem. Claro que a vitória era fundamental, mas não veio por detalhes, Continuamos invictos, meio de tabela. O poderoso Botafogo deve aos céus o pontinho desta quarta-feira.

Jogos difíceis pela frente – Inter fora, Vasco na Ressacada, Grêmio no Maracanã.

O alvinegro ficou com a conta mais cara: o 1 x 1 teve um gosto amargo de 1971, um título e um adeus. Pouca gente viu, pareciam desconfiar de véspera. Cheguei a ficar surpreso: esperava muito mais de quem ainda sonhava com o céu de dezembro. Quanto a nós? Caminhamos com humildade, a Libertadores é um sonho possível.

Shara, João, Evandro, Anderson, os cruzeirenses estão felizes. É merecido.

Tudo azul. A kind of blue.

Panorama Tricolor

@PanoramaTri @pauloandel

Imagem: PRA

DR ERNESTO by .

1 Comments

  1. O que acho incrível é concordarem com arbitragem gaúcha, quando na rodada seguinte, Botafogo e Fluminense jogarão contra Grêmio e Inter, respectivamente. Conclusão: amarelo para quem estava pendurado nos dois times, em jogadas bobas, desfalcando-os para os jogos de final de semana. Faltou discernimento aos representante dos clubes, ao aceitar a imposição de árbitro gaúcho. ST

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