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Amigos, amigas, o Fluminense assumiu na noite desta terça a liderança isolada do Grupo D da fase de grupos da Libertadores. Chegou aos 6 pontos, deixando o The Strongest com três. River e Sporting Cristal se enfrentam na quarta no Monumental de Nuñez e ambos, derrotados na primeira rodada, por The Strongest e Fluminense, respectivamente, poderão chegar no máximo aos mesmos três pontos da equipe boliviana.
O que isso quer dizer? Que, em termos de resultados, começamos bem, não há dúvida disso. Duas vitórias em dois jogos e 100% de aproveitamento. Uma vitória sobre o River no confronto a seguir, no Maracanã, nos deixará em excelentes condições na competição, mas é preciso que a vitória venha e o adversário é duríssimo, não se iludam.
Caso venha, no entanto, será com grande atuação, única forma de vencer os argentinos, o que ampliará em muito a nossa confiança. Caso não venha, é só mais um episódio de um grupo bem complicado. O que ficou comprovado na partida desta terça.
Bem armado defensivamente, com muita disciplina tática e tentando jogar no nosso erro, o The Strongest conseguiu resistir às nossas investidas por pelo menos 20 minutos. Foi quando o Fluminense descobriu que o mapa da mina era o lado direito. As aproximações por aquela região do campo começaram a baratinar a defesa boliviana e as oportunidades de gols, embora não muitas, começaram a aparecer.
Nosso gol veio com uma obra de arte de Paulo Henrique Ganso, que colocou a bola – pareceu jogada ensaiada – no ponto futuro para a invasão de Nino, que se antecipou à disputa de Cano com o zagueiro boliviano e fuzilou o arqueiro com cabeçada violenta, quase de dentro da pequena área.
Poderíamos ter feito mais gols ainda no primeiro tempo? Sim, tivemos oportunidades, sempre pelo mesmo lado do campo, embora o Fluminense colocasse em prática todo o seu repertório. O problema é que a maioria das jogadas morria no último passe ou na falta de um arremate no momento certo.
Com isso, ficamos no 1 a 0 e – acreditem! – levamos sufoco do bom time do The Strongest nos primeiros dez minutos da primeira etapa, até que retomássemos a intermediária, empurrando o adversário novamente para a cozinha, onde o Fluminense apertava, tentava, mas, quando conseguia as finalizações, parava no goleiro boliviano.
Com isso, o jogo se tornou tenso, porque nossos defensores passaram a se sobressair com desarmes arrojados em lances perigosos do The Strongest, que encontrava erros tricolores e espaços para contra-atacar em velocidade, muitas vezes com igualdade numérica. Uma temeridade que Diniz deve ter observado.
André fez partida espetacular, do tipo que merecia uma taça só para ele. Nino fez o gol da vitória, deu um presente para o ataque adversário e participou, com Felipe Melo, das ações reativas da nossa defesa. Méritos também para Fábio, que participou bem em duas bolas cruzadas à boca da meta, mas teve seu momento ao defender arremate venenoso da entrada da nossa área já na segunda etapa.
Acredito que o jogo de hoje serviu como aviso de que nós não somos um time de Ets que veio ao mundo para regenerar o futebol brasileiro. Temos um time altamente qualificado, que é candidatíssimo ao título da Libertadores, mas que não vai ganhar de ninguém de véspera.
Lembro-me bem da euforia que tomou conta da cidade após a antológica vitória sobre o Boca nas semifinais de 2008. Já fizéramos outra jornada fantástica diante do São Paulo nas quartas de final. Era nítido um certo clima de já ganhou diante da então modesta LDU, que só não nos vencera em Quito na fase de grupos graças a uma atuação de gala do goleiro Fernando Henrique e vendeu caro uma derrota de um a zero no Maracanã.
O que eu quero dizer com isso? Pés no chão, amigas, amigos, porque Libertadores é traiçoeira. Temos que estar sempre no limite da concentração e entender que as dificuldades quase que se confundem com a paisagem dessa competição.
Percebi na torcida do Fluminense um misto de acomodação na arquibancada e de inconformidade com o fato de não termos conseguido repetir as grandes exibições recentes. Esse é um caminho que amplia riscos, porque o jogo contra o The Strongest foi perigoso e os jogadores sentiram a pressão da torcida em alguns momentos, tomando decisões erradas, chegando a comprometer o modelo de jogo.
Algumas vezes vai acontecer de tudo não dar certo, de Cano não estar inspirado e de o adversário encontrar soluções para neutralizar nosso jogo. Nessas horas, será fundamental o apoio da torcida.
Vamos, jogo a jogo, saboreando as grandes exibições e carregando o time nos braços nos momentos de dificuldade.
Saudações Tricolores e Todo Poder ao Pó-de-Arroz!
Imaginei um jogo semelhante ao de 2008 contra o Arsenal de Sarandi com um placar acima de 3 x 0. Ledo engano. E percebi que parte da torcida ainda está presa ao velho modelo de contra-ataque em velocidade e largar o toque de bola e acredita que deve-se ter um atacante de cada lado.
Demorou a tirar o Cano e deveria ter colocado o Lelê e mais cedo e não o Kennedy, que parece pesado e lento nas decisões.
Gostei de Fábio, Nino, F. Mello, Samuel, André, Árias, Alexander e Pirani e nem tanto de Kenedy, Ganso e Cano.
Att.,
Fernando