Pela primeira vez diante de sua torcida, o Fluminense jogou pela Libertadores em 2023, contra o The Strongest, da Bolívia, em um horário totalmente inconveniente. Os organizadores certamente vivem a lógica de a vida ser trânsito, dia útil e não domingo.
Ana Marcela e seus pais, Delfín e Yolanda vieram comigo ao Maracanã. Amigos queridos que, por conta da loucuragem que são meus dias, pouco os vejo.
A atmosfera para a partida era a melhor possível. Mas a equipe aurinegra não viria a passeio. Muito bem organizada defensivamente, além de ter gastado todo o tempo em quaisquer situações.
O Tricolor tinha a obrigação, ou ao menos a missão de pressionar e atacar o tempo inteiro. Tanto que na maior parte fez um jogo de ataque contra defesa, lembrando e muito um futebol de prego na defesa tigresa.
As bancadas estavam quase lotadas. Algumas clareiras vistas no setor sul, decerto tiveram os ingresso devidamente sequestrados pelos cambistas; estavam todos serelepes nos arredores do enorme Maracá.
O Fluminense poderia ter feito muito mais gols, mas por vezes parou nas mãos de Guillermo Viscarra, o mais inspirado dentre os jogadores em campo.
O gol de Nino, de peixinho com belo passe de Ganso após escanteio cobrado por Jhon Arias, deu alguma paz e tranquilidade, a mesma buscada por Raul Süssekind desde seu camarote – disseram alguns, na companhia do Conde. A ver.
Já eu, Andel, Côrtes e Diniz, o Marcelo, fazíamos a sauna da Leste Superior. Não me canso de falar: destruíram o Maracanã de Niemeyer e de todos nós.
Com um a zero no marcador, o Fluminense seguiu buscando mais gols, mas seguiu esbarrando na armação do Tigre de Achucami.
Quinze minutos, não mais que isso, el Equipo Altigrado tentou trocar com o Fluminense, mas logo abafado por novas investidas do Tricolor.
Já com Jota Ká em campo por substituir Marcelo lesionado, ainda no primeiro tempo, a torcida começou a pedir por Lelê, ao mesmo tempo que latia toda vez que Felipe Melo tocava na bola. Devo confessar que acho constrangedor esse comportamento, talvez Chiquinho da Zanzíbar e Lack saibam explicar, deve ser comum lá no resort de Wawá. Sai para lá.
Minutos depois Diniz atendeu, mas junto de um breu, Gabriel Pirani e sua minutagem conquistada.
Vitória suficiente para ficar líder com seis pontos em dois jogos, mas pode servir de lição: não será sempre que vamos golear.
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Serviço do jogo:
Fluminense 1 x 0 The Strongest
Libertadores – Fase Grupos 2ª Rodada
Maracanã, Rio de Janeiro-RJ
Terça-feira, 18/04/2023, 19:00h (Brasília)
Árbitro: Carlos Ortega (COL)
Cartões amarelos: Triverio 74′(The Strongest), John Kennedy 90’+2′(Fluminense)
Gol: Nino 39′
Fluminense: Fábio; Samuel Xavier, Nino©, Felipe Melo (Vitor Mendes 72′) e Marcelo (John Kennedy 30′); André, Alexsander e Ganso; Jhon Arias (Gabriel Pirani 81′), Lima e Germán Cano (Lelê 81′). Técnico: Fernando Diniz. 4-4-2
The Strongest: Viscarra; Torres (Flores 87′), Castillo, Jusino© e Roca; Quiroga (Arias 81′), Robles e Ortega (García 73′); Arrascaita, Isnaldo (Claure 73′) e Triverio. Técnico: Ismael Rescalvo. 4-5-1