Foi dia de enfrentar o Peixe, que luta como o quê para vencer sua piracema, de olho na permanência na principal divisão do Campeonato Brasileiro.
Um sábado nublado, após chuva torrencial vinda desde SP, reservou um futebol chocho, quase em compasso de letargia.
Nas arquibancadas um encontro com nosso amigo Mário Gatti, algo que se desenhava há tempos, só faltou Paulo Andel estar nas trincheiras também, vai ficar para a próxima.
No campo, algo entre Bossa Nova e Trash Metal, um Fluminense sob guilhotina e sobre o cadafalso.
Diniz mexeu alguma coisa na equipe, permitiu a estreia de Leonardo Fernández, Marlon e Yony González entre os titulares, enquanto deixou no banco Ganso, Keno e Lima, que entraram na segunda etapa.
Com alguns erros recorrentes e outros inexplorados, o Tricolor obteve superioridade à fórceps em cima de um Santos em disritmia.
Saídas erradas de bola e falta de intensidade em algumas rotações desenharam um jogo ralentado, como um Bolero ou Tango do Camiñito.
Nosso quarteto da URSAL não foi capaz de assustar os conservadores turristas e turistas da baixada santista. Nem mesmo através de um pênalti, sofrido por Jhon e cobrado por Leo, o Fluminense conseguiu sair vencedor na etapa inicial.
Na volta do intervalo, Marlon que teve estreia precária, foi sacado para a entrada de Lima, para alegria de Giuliano, mas tristeza de André que, mais uma vez, teve de ficar de castigo na zaga.
A seguir, Ganso e Keno abrasileiraram a equipe com as saídas de González e Fernández, fazendo a equipe quase ensaiar um Samba Sincopado, mas o ritmo estava mais próximo de um Choro ou Maxixe.
Porém, contra um enlatado Peixinho, como diria nossa amiga Jaque, foi o suficiente.
Em uma Sonata reiterada, Ganso versou a bola até Jhon Arias, que harpejou e entregou a Germán Cano, em meio à Embolada, tocar para as redes e decretar o placar em um a zero.
A vitória harmonizou um bocado as aflições de uma equipe que precisa se reencontrar com sua grande fase, relembrando momentos que verteram lágrimas, mesmo nos corações dos tricolores mais calejados com as mazelas da nossa era.
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Serviço do jogo:
FLUMINENSE 1 x 0 SANTOS
Campeonato Brasileiro – 17ª rodada
Maracanã, Rio de Janeiro-RJ
Sábado, 29/07/2023 – 16:00h (Brasília)
Árbitro: Rodrigo José Pereira de Lima (PE)
Cartões amarelos: Nino, Marlon, André, Leo Fernández, Martinelli e Germán Cano (Fluminense); Mendoza, Rodrigo Fernández, Dodô, João Paulo, Lucas Braga e Camacho (Santos)
GOL: Germán Cano 76′
FLUMINENSE
Fábio; Samuel Xavier, Nino, Marlon (Lima 46′) e Diogo Barbosa; André, Martinelli (David Braz 80′) e Leo Fernández (Ganso 58′); Arias, Cano e Yony González (Keno 58′).
Técnico: Fernando Diniz. 4-3-3
SANTOS
João Paulo; João Lucas (Gabriel Inocêncio 63′), Joaquim, Alex Nascimento e Dodô; Rodrigo Fernández (Camacho 66′), Dodi, Jean Lucas (Luan Dias 68′) e Lucas Lima; Marcos Leonardo e Mendoza (Lucas Braga, 62′).
Técnico: Paulo Turra. 4-4-2
A palavra correta é essa mesmo: chocho.
Fluminense não anima, não decola, nem quando a gente se livra dos melosos da vida.
Se Marlon for isso daí, não passa de um meloso 2.0.
E o problema na zaga continua…