Mais uma partida terminada pelo Cariocão 2022 no Engenhão, estádio dos mais vitoriosos para o Fluminense, em que muitos torcedores, assim como eu, nos acostumamos a ver o nosso time vencedor. Quisera que fosse o palco para o confronto contra o Millonarios da Colômbia pela Pré da Libertadores.
Com escalação alternativa, suposta reserva para Abel Braga e sua comissão, o Fluminense conseguiu articular boas jogadas que empurraram a Portuguesa contra a parede, e mesmo não sendo brilhante, teve boas oportunidades de marcar e não deu chances para a Lusa chegar às vias de fato. O Flu fez até aqui o melhor primeiro tempo da temporada 2022.
Destaques individuais vão para Arias, Nonato e Calegari, que deram o tom da partida, incluindo as bolas na trave, em finalizações da entrada da área de Calegari e Nonato. O Fluminense criou ao menos, além dessas, mais duas boas chances de gol, Arias muito bem, ocupando bastante o território que costuma ser habitado por Luiz Henrique, foi quem ditou o ritmo da equipe.
Abel mandou a campo os mesmos onze na volta do intervalo, embora num ritmo um pouco abaixo de como terminou o primeiro tempo, ainda jogando bem e conseguindo propor o jogo. Já a Lusa melhorou, sobretudo com as mudanças, que visaram se aproximar do gol.
Em lateral cobrado direto na área da Portuguesa, Cristiano alça na cabeça de David Duarte, que tira uma casquinha na bola e ela sobra no peito de Cano. Esse domina bem, gira e fuzila as redes do bom goleiro Carlão, abrindo e fechando o placar para o Tricolor, em sua goleada tradicional à Abel em um a zero.
Após ter feito seu gol, o Fluminense reduziu um pouco o volume de jogo, algo habitual das equipes comandadas por Abel Braga, mas também entranhadas no modus operandi Tricolor. Essa redução acabou por chamar a Portuguesa demais para o campo do Fluminense.
Poucos minutos depois da parada técnica, também conhecida como pausa para hidratação, Abelão mandou a campo Yago e Luiz Henrique nos lugares de Nonato e Nathan. Em rara chance de criar, Luiz Henrique lançou bela bola para Arias, que entrou na grande área e na hora de finalizar foi levemente empurrado pelo defensor Marcão da Portuguesa. O chute foi em cima de Carlão, para mais uma defesa.
Para o gran finale, Ganso foi empurrado ao campo por Abel Braga para jogar apenas os quatro minutos de acréscimo, que até aquela altura não era sequer conhecido. Mesmo assim, ainda participou de uma jogada que terminou em finalização. A entrada dele nesse período do jogo foi uma tremenda pantomima. Sinceramente, amigos, irritou demais essa atitude do treinador teimoso e retranqueiro, mas que também parece querer ser capanga de dirigente. Uma atitude lamentável, que mais atrapalha do que ajuda em qualquer coisa. O alento foi saber que a torcida presente no estádio, aplaudiu o atleta, que demonstrou muito profissionalismo nesse episódio.
A pergunta que fica agora é: Abel promoverá mudanças em seu time titular, sobretudo Arias e Cano em vez de Willian e Fred? O que nos faria ao menos ter nove jogadores em vez de sete em campo capazes de jogar em alto rendimento como pedirão os jogos graúdos que enfrentaremos no porvir. Ou Abel insistirá com seus onze, ignorando o que o campo já está gritando em megatons aos nossos ouvidos?