Fluminense 1 x 0 Nova Iguaçu (por Marcelo Savioli)

Amigos, amigas, a expectativa inicial era de um grande espetáculo na noite de hoje no Maracanã. Jogo à noite, gramado bom, tudo favorável, mas Diniz decidiu mandar a campo um time 100% modificado.

Não acredito que isso tenha sido motivo de decepção. A ideia de uma degustação do elenco era bem interessante e intrigante. O que esperar dos novos contratados e de algumas peças que chegaram no meio da temporada passada e precisavam mostrar serviço?

Lima apresentou um belo cartão de visitas, marcando um golaço, mas, do ponto de vista da produção, pouco mais do que isso se viu no gramado do Maracanã. Ficando, inclusive, para a arquibancada a primazia do protagonismo, o que não é nenhuma novidade.

Queríamos ver tudo, mas a falta de entrosamento limitou nossa análise. Estamos falando de jogadores desentrosados que estão no 15o dia de trabalho desde o começo da temporada.

Vale destacar, todavia, o bom desempenho tático da equipe que performou no gramado do Maracanã. Muitos fundamentos do Dinizball se fizeram presentes, principalmente nos movimentos defensivos. A luta para recuperar a bola em momentos mais delicados se fez presente de forma muito intensa. A tal ponto, que o Nova Iguaçu nos impôs não mais que dois momentos de aflição. No primeiro, Jorge quase fez contra ao atrasar uma bola ruim para Pedro Rangel, que se esticou para evitar o garrancho com os pés. No segundo, um chute de longe, que nosso arqueiro não defenderia em hipótese alguma, mas a bola beijou a trave.

Para falar a verdade, Pedro Rangel poderia ser considerado o nome da partida, já que fez uma grande defesa em cabeçada quase fatal do ataque adversário. Pode-se dizer que garantiu, como deve ser com um grande goleiro, o resultado, mas isso não chega a ser surpreendente. Mais surpreendente foi a desenvoltura em momentos em que precisava jogar com os pés, atento, técnico e preciso.

Ficou mais um jogo de análise de encaixe de características. Lima teve bons momentos como mais um volante. Marrony, surpreendentemente, também teve bons momentos, com uma movimentação interessante pelo meio e boas jogadas no primeiro tempo. Felipe Melo não comprometeu, tampouco a dupla de zaga. Vitor Mendes deixou boa impressão, assim como David Braz, o que é tranquilizador.

Quanto aos laterais, atuação apenas razoável, assim como a de Keno, que brilhou mais no jogo de estreia, quando atuou em parte da segunda etapa.

Verdade seja dita, porém, não é um jogo que se possa tomar como objeto de análise, vamos convir. Como já dito, foi uma degustação do elenco, que teve pontos interessantes na entrada de Giovanni e Isaac, sobre quem repousa grande expectativa. A movimentação de Giovanni foi o que mais me fez lembrar Paulo Henrique Ganso, mas também o estilo. Quem sabe? Isaac não teve a chance de se exibir. Faltou tempo.

As notícias são de razoáveis para boas, mas são prematuras, então é melhor termos paciência para observar, mas é nítido que começamos 2023 num patamar bem superior ao de 2022, não tanto pelo elenco, mas pela continuidade do trabalho e pela clara indicação de que há um rumo determinado a ser seguido.

Por, ora, amigas, amigos,

Saudações Tricolores!