ENTRANDO EM CAMPO…
Sem inventar, Marcão repetiu a escalação do jogo anterior. É o primeiro passo para não complicar. Mesmo com a fraca atuação contra o Friburguense, Diego Souza foi mantido mais adiantado e com a função de revezar com Cícero na área adversária. Giovanni fez uma péssima partida no meio de semana, mas ainda assim entrou como titular. Tem o lado positivo: preservar o garoto Leo nesse momento de muita turbulência e remeter a Levir a decisão de quem será o dono da posição.
DIEGO CAVALIERI
Milagre aos 22’1ºT, ao defender um chute forte de dentro da área. Bela ligação direta para Gustavo Scarpa aos 34’1ºT. Tranquilo nas bolas aéreas.
WELLINGTON SILVA
Deu muitos espaços ao adversário e foi batido algumas vezes. Em outras, recorreu às faltas. Na frente, não teve companhia. Com a saída de Giovanni, foi para a lateral esquerda. Por esse lado teve mais facilidade em chegar à frente.
HENRIQUE e MARLON
A facilidade com que o meio-campo dá para a chegada do adversário complica a dupla de zaga, que tem muita gente para se preocupar. Lógico, sempre tem alguém para concluir contra o gol de Cavalieri. Até times fraquíssimos, como Friburguense e America, conseguem boas chances de gol.
GIOVANNI
Segurou mais na defesa com o objetivo de liberar os volantes para a transição da defesa para o ataque. No entanto, quando foi, chegou bem para concluir aos 12’1ºT e aos 40’1ºT. Em ambas o goleiro defendeu. Saiu no intervalo com problemas na coxa.
JONATHAN
Mesmo com todo o espaço do mundo, não chegou. Não tem mostrado muito interesse em se tornar titular.
PIERRE
Entrou em campo amarelado. No mais, o de sempre. Corre sérios riscos de perder a posição para Edson.
MAGNO ALVES
Perdeu ótima chance aos 5’2ºT ao recebeu excelente assistência de Gustavo Scarpa. Aos 20’2ºT, marcou um golaço: recebeu lançamento longo de Diego Souza, driblou o marcador e soltou a bomba. Movimentou-se mais do que em jogos anteriores.
EDSON
Aos poucos, vai se soltando e conseguindo ocupar melhor os espaços entre as duas intermediárias. Quando foi recuado para a posição de Pierre, foi melhor que o companheiro.
CÍCERO
Quando o Fluminense atacou, ocupou a intermediária do America. No entanto, abusou dos passes errados. A recorrente falta de compactação das linhas tem dificultado a atuação dos meias, principalmente, na distribuição das bolas. Com a saída de Pierre, ficou mais recuado.
GUSTAVO SCARPA
Ocupou o lado esquerdo e tentou criar, mas também sente falta de companheiros por perto para dialogar. Sabe ocupar os espaços vazios, principalmente, pelo lado esquerdo. No entanto, com a falta de técnicos decentes, está subutilizado.
MARCOS JUNIOR
Junto com Cícero, tentou fazer a ligação entre o meio-campo e o ataque. Quando o Diego Souza saía da área, entrava e, assim, conseguia confundir a zaga americana algumas vezes. Às vezes, correu mais do que pensou. Saiu contundido no segundo tempo.
OSVALDO
Não acrescentou nada.
DIEGO SOUZA
Começou jogando de costas para o gol, com o objetivo de ajeitar para alguém que vinha de trás. Ganhou com facilidade as bolas pelo alto. Perdeu um gol incrível aos 27’1ºT, ao cabecear duas vezes contra a meta de Felipe: primeiro, a bola bateu no travessão e, na volta, o goleiro fez uma defesa sensacional. Fez um belo lançamento para Magno Alves abrir o placar. Mais participativo no jogo, foi superior aos jogos anteriores.
MARCÃO
O Fluminense começou pressionado e sem conseguir concatenar os passes para ocupar o campo adversário. Somente após os 7’ o Fluminense conseguiu chegar à frente num chute de Cícero na entrada da área. A partir dos 25’1ºT, o Fluminense se soltou e procurou jogar com mais velocidade. Dessa forma, conseguiu chegar ao gol do America com perigo. Para o segundo tempo, o interino tricolor mexeu na estrutura do meio-campo ao colocar Magno Alves. Com a entrada do atacante, Diego Souza passou a ocupar a coordenação das ações de criação e Edson foi ocupar a cabeça-de-área. Cícero também recuou. A jogada do gol de abertura do placar começou nessa nova configuração: um lançamento de Diego Souza para Magno Alves. O saldo do seu trabalho: recebeu um time muito bagunçado e, com o pouco tempo à frente, entrega também um time muito bagunçado ao Levir Culpi.
AMERICA
Tentou pressionar o Fluminense pelo lado de Wellington Silva. No entanto, quando era atacado com velocidade tinha dificuldades para acompanhar. O mesmo com as bolas aéreas. Acompanha a fragilidade dos demais times pequenos do campeonato. Desabou de vez com o gol de Magno Alves.
ARBITRAGEM (João Batista de Arruda)
Exagero na marcação de faltas e nos cartões amarelos
…SAINDO DE CAMPO
Levir Culpi terá muito trabalho para transformar o Fluminense em um time competitivo: não existe um sistema defensivo, falta compactação, a marcação é frouxa na entrada da área, os zagueiros ficam muito expostos, o time é muito lento na transição, os laterais pouco participam no apoio, não há jogadas ensaiadas, chutam pouco ao gol adversário, abusam do chuveirinho.
Panorama Tricolor
@PanoramaTri @MauroJacome
Imagem: dgts