Amigos, amigas, abateu-se sobre o Fluminense na noite de ontem uma catástrofe. Sim, uma catástrofe, pois perdemos para o lanterna do campeonato, não importa se é o Grêmio, um gigante do futebol brasileiro. O jogo mostrou que o Grêmio não é lanterna por acaso. Um time com uma dificuldade descomunal de construir jogadas e atacar, que, de bom, apresentou uma defesa sólida, e mais nada.
Venceram o jogo num pênalti quase infantil de Calegari. E digo “quase”, porque não me pareceu que tivesse a intenção de cometer a falta. Foi para disputar a bola, chegou atrasado e pegou o adversário. Justo Calegari, que fazia boa partida, exceto por um passe equivocado de calcanhar na área adversária, quando deveria ter tentado o cruzamento rasteiro, buscando Gabriel.
Uma partida catastrófica, porque perdemos a oportunidade de nos aproximarmos do G-4, quando tínhamos tudo para vencer, já desde o primeiro tempo, quando compactuamos com a estratégia de Felipão de tirar a velocidade do jogo e fazer com que a partida transcorresse em banho Maria.
O que deixa o torcedor louco é que, vendo o Fluminense jogar mal, Roger atrasa as substituições. No jogo de ontem, no entanto, o Fluminense, desde o início do segundo tempo, amassava o Grêmio. O gol parecia próximo, principalmente após a cabeçada a queima roupa de Lucas Claro na trave.
Então, aos 23 minutos, Roger troca Wellington por Yago. Ótimo! Uma forma de tornar o time mais ofensivo, embora Wellington fizesse sua melhor partida com a camisa do Fluminense, mas Roger tira também Ganso para colocar Matheus Martins, uma substituição tremendamente duvidosa, já que Ganso fazia bem o peão no meio de campo. Para completar, tira Abel e coloca John Kennedy. Até fazia sentido ter um centroavante com o tanque de oxigênio cheio.
Caberia a Gabriel e Luis Henrique, que fazia ótima partida, construir por dentro e aumentar a pressão. Até compreensível, mas cinco minutos depois Roger tira os dois para colocar Cazares e Lucca, bagunçando de vez o time taticamente, como se estivesse comandando um coletivo de pré-temporada, fazendo experiências.
Com um monte de jogadores desentrosados na frente, o Fluminense foi se tornando inofensivo e não criou mais nada, até sofrer o gol de pênalti de um adversário que criava menos ainda.
Jogamos fora a oportunidade de avançar na tabela por erros de Roger, que saiu de campo chutando copos, provavelmente com raiva de suas substituições, que nada de produtivo provocaram.
Não, eu não estou aqui pedindo a cabeça de Roger. Nada nem perto disso. Eu acredito no trabalho que está sendo feito, exceto por erros totalmente desnecessários, como os de hoje. Não é possível que a gente olhe a substituição e sinta um enorme desconforto emocional, mas o técnico acha que aquilo é factível.
Ontem, Roger parou o Fluminense, quando estávamos muito próximos da vitória, nitidamente, me corrijam se eu estiver errado, para fazer experiências. Isso, Roger, era para fazer no Campeonato Estadual, não agora, que estamos disputando o Campeonato Brasileiro, que não conquistamos há deploráveis nove anos.
Vamos fazer o simples! Nosso esquema já está pronto, as peças já estão consolidadas, o que precisamos é, se possível, treinar. Vamos levar o Campeonato Brasileiro a sério, por favor! Já não é a primeira pardalice, como diz o povo, que eu vejo em escalações e substituições do Fluminense no campeonato.
É muito ruim quando estamos empolgados com o jogo, depois de um primeiro tempo modorrento, só esperando o gol da vitória, olha para as substituições e brocha. Foi essa a minha sensação. O gol do Grêmio foi um bônus para estragar de vez a minha noite.
Saudações Tricolores!