Enfim uma vitória com placar convincente, tendo em vista o adversário ser quase amador. E claro, os três gols do artilheiro da temporada passada: Germán Cano.
Arias continua sendo o craque do time, Ganso, o maestro e Cano, o artilheiro. Coisas que não mudam, assim como Felipe Melo, desnecessário, Yago, muito abaixo dos companheiros. Não temos lateral esquerdo e Diniz segue perdendo oportunidades de testar coisas que façam sentido.
O Fluminense controlou as ações, praticamente não deixando o Audax ‘gostar do jogo’. Foi muito fácil mesmo, parecia que estávamos jogando contra noobs, expressão muito usada por gamers quando enfrentam adversários precários ou iniciantes.
No primeiro tempo, poderíamos já ter saído com os três a zero. Keno finalizou de letra e calcanhar na trave, em bela trama pelo lado direito, de onde também saíram as outras jogadas dos gols: passe de Keno no primeiro e rebote após cruzamento de Samuel, no segundo.
O time de Angra dos Reis, antiga franquia do Grupo Sendas, voltou para o segundo tempo com quatro alterações, deixando o meio de campo congestionado, forçando o Fluminense a jogar mais pelas laterais e com bolas longas. O lado direito seguia sendo o mais perigoso.
Durante a etapa, Diniz foi mudando a equipe. Saíram aos vinte minutos Ganso, Felipe Melo e Jorge, para as entradas de Yago, Lima e Guga, improvisado na lateral esquerda outra vez.
Mais tarde, entraram Giovani no lugar de Keno e Alan no lugar de Samuel Xavier. A equipe ficou em campo como quis, fazendo lembrar uma pelada de final de domingo, após um churrasco com os amigos. Mas como o jogo era contra um adversário humílimo, ainda sobrou tempo para um terceiro gol, desta vez pelo lado esquerdo: Arias cruzou, a bola desviou em Giovani e sobrou para que Cano completasse sua tripleta ou hat-trick.
Embora os três a zero possam deixar a Flu Twitter feliz, eu fico bastante preocupado com o porvir. Menos pela engenhosidade do time em campo, mas sim por entender que os novos contratados deveriam ser inseridos na equipe juntamente aos Moleques de Xerém, de forma lógica, com aproveitamento sólido de suas funções e qualidades.
Aos poucos o ritmo vai se aproximar do ideal, assim sendo, iremos desfrutar de melhores tramas ofensivas e mais rápida ocupação dos espaços, usando um jargão da antiga, do jornalista Mauro Beting: ‘capaz de transformar um centímetro quadrado em um latifúndio redondo’.
Jorge, mais dia, menos dia, tomaria a vaga na lateral esquerda, foi contratado para isso. Vai precisar evoluir muito, se quiser ser competitivo. Usar Felipe Melo na vaga de André é jogar no lixo a possibilidade de ter mais meias criativos na equipe. O sistema defensivo está com muitas dificuldades, sobretudo na recomposição. Precisa de atenção neste setor.
No mais, é torcer para que o treinador comece a levar a sério as partidas, usando os momentos do jogo para testar as modelagens da equipe, visando a temporada, já que a Libertadores e o Bi do Carioca nos foram prometidas pelo presidente em exercício da Deep SAF Tricolor.
Saudações Tricolores e vitória sempre!