Depois do choque de realidade da última quinta-feira, quando perdeu para o modesto Avaí pela Copa do Brasil, o Fluminense retornou à realidade do combalido campeonato carioca e ao charco de Los Larios.
Com o temporal que caiu antes da partida, o campo, que já não é essas coisas, tornou-se muito mais prejudicial ao jogo do Tricolor, limitando jogadores como Robinho e Sornoza, do que de seu adversário. O primeiro tempo, muito em virtude disso, só teve dois bons momentos: o do Fluminense, aos 8’, quando Robinho fez bom lançamento para Ayrton, que foi à linha de fundo, passou pelo zagueiro e foi derrubado. Pênalti que Pedro cobrou com perfeição para abrir o marcador. O outro foi do Volta Redonda, que quase empata aos 43’, quando Marcelo cabeceou livre rente à trave do Flu. E foi só isso.
O segundo tempo começou mais movimentado, embora o estado do gramado permanecesse muito ruim. Qualquer coisa, aliás, teria sido melhor do que o que se viu na primeira parte do jogo. O Flu perdeu logo uma boa oportunidade, quando Gilberto recebeu livre, progrediu em direção ao gol e foi desarmado por uma poça d’água. Aos 16’, Pedro quase marca, chutando para fora. Antes disso, Sornoza havia tentado de fora da área, mas para defesa tranquila do goleiro Douglas. Aos 21’, Ayrton entrou na área, livre, e foi empurrado pelo zagueiro adversário, pênalti que Robinho cobrou bem e converteu para ampliar a vantagem Tricolor. Mas aos 24’, o árbitro inventou uma penalidade para o Volta Redonda, que Marcelo cobrou bem para diminuir. Aos 31’, Robinho ainda forçou Douglas a mais um córner.
O estado do gramado visivelmente atrapalhou o desempenho da equipe, prejudicando o toque de bola que, com frequência, era perdida no meio ou na defesa e não chegava com qualidade ao ataque. Jogadores como Robinho e Sornoza, que possuem um toque de bola melhor, foram os mais prejudicados. Ayrton retornou bem, mostrando que a vaga de titular é sua.
Quarta-feira a peleja é contra o Vasco, outro bom teste para esse time que precisa ser reforçado para o Brasileirão, se não desejar correr novamente o risco de ser rebaixado. A Copa do Brasil é outra história. Se Abel não cometer a sandice de desconstruir o que está dando certo, pode ser que consigamos a classificação em Florianópolis.
O certo é, porém, que toda essa preparação, chamada campeonato carioca, só serve para que a gestão Tricolor observe as carências e procure suprir as deficiências do elenco. Se não o fizer, depois não adianta chorar sobre o leite derramado.
Panorama Tricolor
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