Oi, pessoal.
Eu sou da geração que começou a frequentar o Maracanã nos anos 80. Neles, era impensável imaginar um clássico com público menor que quarenta mil pagantes, que fará cogitar que uma partida entre Volta Redonda e Barra Mansa levaria mais gente que um jogo do Vasco, do Fluminense e até (!) do Botafogo.
Esse é o legado da gestão da FFERJ de Rubens Lopes, quase há trinta anos no comando daquele que um dia foi o mais importante futebol do país e que, desde os anos 1990, perdeu espaço. Primeiro para o potente Estado de São Paulo e, ultimamente, até para Rio Grande do Sul e Minas Gerais.
O modelo arcaico, semelhante ao “coronelismo nordestino” e ao “protecionismo político”, tão característicos ao Rio de Janeiro, por razões históricas, tomba o futebol carioca à miséria. O Flamengo ainda sobrevive graças à sua torcida; o Fluminense busca “tirar seu nome do SPC” para angariar investidores. Mas que investidor vai pôr dinheiro em clubes que jogam campeonatos com média de público e de audiência, também, cada vez menores?
Os donos do futebol carioca chafurdaram nossa qualidade e grandeza, entre distribuição de títulos ao time mais popular e a “espanholização” que, enquanto Eurico Miranda estiver no Vasco, dar-se-á entre os dois; quando não, usam o Botafogo mesmo para coadjuvante do Flamengo.
Ultimamente, os times do Rio entram lutando para não caírem, no Campeonato Brasileiro. E caiem. É o rebaixamento técnico, moral, administrativo e insustentável de dirigentes que não largam o osso nem se atualizam. O mundo mudou drasticamente nos últimos vinte anos e esses dirigentes, não.
O Estado de São Paulo tem um PIB de três a cinco vezes maior que o do Estado do Rio de Janeiro. Compreendo, por conta disso, as potências de Corinthians, São Paulo e Palmeiras. Mas o Rio é o segundo maior do país economicamente e não pode perder força para os clubes de Minas Gerais e do Rio Grande do Sul. Perdeu. Coloque uma boa porcentagem disto na conta da administração da FFERJ, ressaltando que Ruben Lopes foi, durante muitos anos, seu vice-presidente, além de oito anos como presidente.
Uma das consequências? Pouco mais de duas mil pessoas pagaram para ver a estreia do Fluminense no Carioca. Número trágico. Impensável. Insustentável. Isso na semana em que o clube anunciou, com pompas, a renovação do artilheiro Fred. Não motivou a torcida o suficiente.
Futebol é curioso… A diretoria tricolor acertou uma renovação milionária com o camisa 9 , importante referência e liderança do time, embora um jogador com problemas físicos e com mais de 30 anos, a sua permanência, valorizada mais por conceitos da publicidade e marketing, não motivou o torcedor a ir ao jogo.
Para piorar, tal qual a Lei de Murphy, o Fluminense joga hoje, às 17 horas de uma quarta-feira!!! Qual será o público pagante? Arrisca um palpite? Eu não duvido que seja menor que as duas mil pessoas. E você?
Por conta disso tudo, a pergunta que não se cala em meu angustiado coração é: o Fluminense sobreviverá ao falido futebol carioca?
Toques rápidos
- Os números da primeira rodada do Carioca… segundo amplamente noticiado, a FFERJ lucrou pouco mais de cinquenta mil reais. Valor irrisório. E o pior para mim foi descobrir que os clubes pequenos, como visitantes, não recebem R$ 1,00 real sequer. Como jogam a competição assim? Pagam para jogá-la? Uma realidade cada vez mais vergonhosa. E essa gente não muda a mentalidade…
- Celso Barros, presidente do Fluminense? Conforme notícia do colunista da Revista Veja, Lauro Jardim, o presidente da ex-patrocinadora “fala abertamente na possibilidade de se candidatar à presidente do clube”. Caso se confirme, demonstrará que a saída da cooperativa, em dezembro de 2014, foi mais um gesto político, com alto grau de covardia e vaidade. Ou seja, burrice. Ganharia fácil caso se mantivesse patrocinando, mesmo contra Mario Bittencourt, que caiu nas graças da torcida.
- Sobre o time, mais do mesmo Cristóvão… Eu não gosto dessa armação tática do Cristóvão. Ela funciona bem por vinte minutos, depois o time se desarruma porque cansa, perdendo a compactação; já que a zaga joga muito perto da grande área, a linha de volantes – que eu não gosto porque passando por eles o adversário fica mano-a-mano com o último defensor – naturalmente tende abrir um espaço, ou entre a defesa ou em relação aos meia-atacantes, Vinícius, Lucas Gomes e Wagner. Estes dois desgastados porque têm que marcar o lateral adversário e recuam demais.
Vamos ver se com melhor condição física, o time ajeita as arestas e se solte mais.
Na torcida!
Abraços fraternos.
Panorama Tricolor
@PanoramaTri @CrysBrunoFlu
Imagem: reprodução / internet
#SejaSocioDoFlu
Análise perfeita. Como disse uma vez o Breitner no Sportv o Brasil está atrasado taticamente uns 10 anos. E , diria eu, o nosso futebol administrativamente falando – CBF, Federações, Clubes – estão atrasados mais de 20 anos .
Quanto ao Fluminense se resistiu à queda da série C vindo a ser Campeão da série A também resistirá ao falido Carioca.
ST!!
Oi queridao, pois é! Entendo a dificuldade de mudança de mentalidade; a América Latina foi dogmatizada para depender de governo. Se a gente ainda tivesse políticos bons, mas esse lixo que é, tá. Mas o mundo é outro. Temos que exigir o retorno dos trilhoes que produzimos como povo.
Eurico é politico. O mundo é de quem banca, quem gera lucro e renda, não de políticos.
Dr. Celso candidato a presidente, tai uma boa niticia, pous nis livraria-mos de Peterta e da Flu-sócio de uma vez só, grande noticis, e para w fique claro esse arremedo d oresidente desde q era do juridico do clybe sempre tentou minar a parceira e qdo sebtornou presidente tanto fez q conseguiu turar a oarceura, qto as outras notas tidos sabemos q só a torcida abraçando ao time com a campanha d sócio-torcedor é q a coisa vai funcionar, romoer com a Federação com fitinha preta na camusa ñ resolve
Olá, José. Você achou uma boa Celso presidente? Rs Realmente o Peter é fraco. Concordo. Mas gostaria que tivéssemos mais duas opções porque confesso estou cansada dos dois.risos
Obrigada pela leitura e comentário. ST