Os titulares do Fluminense só voltarão a treinar no dia 25 de janeiro. Por conta da final do Mundial realizada em 22 de dezembro, os atletas tiveram suas férias prolongadas. O calendário será recheado com as disputas da Recopa Sul-americana, disputa do Bicampeonato da Libertadores, Copa do Brasil, Brasileirão e porque não já começar pelo Tri Carioca?
O Time de Guerreiros jogou as duas primeiras partidas do Carioca com um time alternativo. Comandado pelo auxiliar Marcão, um time recheado de pratas da casa misturado com alguns reservas contestados como Cris Silva, Alexandre Jesus e Gustavo Apis.
Vou abrir um parênteses para os “Cavaleiros do Apocalipse” deste escrete tricolor; o contestado Cris Silva consegue por breves arroubos fazer uma partida minimamente digna. Mas, diante da Portuguesa, falhou na marcação no lance que originou o gol do lateral Ronaldo e foi muito vaiado.
Já Alexandre Jesus, na sua posição de origem que é o ataque, nunca agradou. Improvisado como lateral direito, pior ainda. Gustavo Ápis, peca muito nas transições ofensivas, deixa o meio campo totalmente desarticulado.
O primeiro reforço da temporada, o zagueiro Antônio Carlos, que veio do Orlando City dos Estados Unidos, começou jogando ao lado do jovem Luan Freitas no sistema defensivo. Teve atuações seguras nestes dois primeiros jogos. Demonstrou força física e bom posicionamento.
Felipe Andrade, zagueiro de origem, vem jogando como primeiro volante e tem atuado muito bem. Jogador de qualidade, fecha bem os espaços a frente da defesa, e com sua técnica apurada, faz boas transições e por vezes até aparece como elemento surpresa no ataque.
Arthur, João Neto e Edinho são jogadores que poderiam ser mais aproveitados no time principal, pois, demonstraram muita qualidade individual nestas duas primeiras partidas. Se utilizados da maneira correta, podem agregar muito no time de cima. Uma pena que há pouca probabilidade disto acontecer.
Isaac foi o destaque da partida contra a Portuguesa, de um time que pecou muito pela irregularidade. Entre todos os jovens que estão sendo testados, em tese, é o que poderia ganhar mais oportunidades no time titular, visto ter características interessantes e que estão em falta.
Lelê, agora 70% do Fluminense, tem conseguido utilizar essas partidas pra marcar gols e ganhar confiança. Sua atuação, obviamente é comprometida por conta da irregularidade da equipe como um todo.
Óbvio que temos que considerar o pouco tempo de treino, a falta de ritmo de jogo, o calor infernal, o gramado irregular contra a Portuguesa, e também, o fato de já na estreia ter enfrentado o Volta Redonda, o melhor e mais organizado time na prateleira dos de menor investimento.
Dá pra se colocar no pacote também as péssimas mexidas de Marcão nestes dois jogos. Desarticulou o meio campo, a ligação ao ataque foi pouco efetiva, expôs o time, e por pouco mais numa vez não sofreu o empate já nos minutos finais quando o time já estava desgastado fisicamente.
Valeu pelos quatro pontos conquistados até aqui. Dava pra ser melhor? Óbvio que sim. Mas também é normal essa irregularidade.
Uma pena que as poucas coisas boas deste time misto não devam ser utilizadas durante a temporada 2024.
Saudações Tricolores.