Vitórias são sempre vitórias. Mas não podem esconder as verdades por muito tempo. E é por isso que as derrotas também não podem servir para julgamentos decisivos.
Se Drubsky não pode ser responsabilizado pelo resultado de ontem, Cristóvão é injustiçado quando julgado apenas pelos placares de seus jogos. O Flu ainda respira a troca de técnicos, mais que gols e jogadas contra a fraquíssima Cabofriense.
Sucintamente, não negarei que cornetei Cristóvão Borges. Mantê-lo seria um erro. Não pelos resultados, mas pela ineficácia do padrão de jogo, pela relutância e até conservadorismo das alterações, portanto, pelo conjunto da obra.
O que, em momento algum, significaria brindar a chegada de um novo técnico. Vida difícil a da diretoria. Mas é certo que as críticas viriam qualquer que fosse o nome.
Joel? Renight? Qualquer um dos dois, por exemplo, seriam erros. Mas, confesso que os entenderia. Um erro de “segurança”, uma fuga para um currículo consagrado de retrancas que deram certo ou mais uma vez a liderança fanfarrônica de quem tem reconhecimento no clube.
Também entenderia uma aposta em um estreante, como Deco ou em alguém da base do clube. Estas seriam apostas e, mesmo com as críticas seriam entendidas como uma filosofia, uma política de três cores.
Mas nada disso ocorreu. A aposta em um nome desconhecido não é por um iniciante. Alguém cujo currículo não credencia ao Flu e cujo o nome não será cantado nas arquibancadas ainda que vá bem (quem mandou chamar-se Kubrusly, Skavurska ou algo parecido?).
Em dois dias pouco mudou. Drubsky foi razoavelmente conservador na armação do time e vencemos. Não se pode afirmar que Cristóvão não colheria os três a zero. Em momento nenhum senti que a equipe correu mais pelo novo técnico que pelo antigo. Acho que nunca foi por esse lado a crítica.
O Flu jogou bem? Sim. Mesmo lembrando que a Cabofriense é, dentre os piores do Rio, um dos piores. Enquanto as outras equipes fracas para as quais perdemos pontos lutavam por algo no campeonato, ou nutriam esperanças de algo, a Cabofriense pensa em não disputar a série B do Carioquinha do ano que vem.
Com o time praiano somente na defesa e com pouca ânsia (ou competência) de lançar-se à frente e incomodar nossa zaga (que adora entregar o doce fácil, fácil), o Flu assenhorou-se do certame e criou boas chances.
Pressionado por precisar vencer (só isso já é algo aterrorizante no estadual), o Tricolor foi à frente e criou boas jogadas, apesar das muitas finalizações erradas. Dedo do técnico das consoantes? Não. Nada de muito diferente do jogo contra o Tigres, com a diferença de mais sorte em algumas conclusões.
Mesmo com o um a zero, o primeiro tempo foi sofrível, com pouca coisa a aproveitar. Um segundo tempo mais relaxado e com mais tranquilidade puderam conferir mais confiança a um time que precisa acreditar mais em si mesmo do que no instrutor contratado.
Três a zero. Gol de Fred. Feliz, o atacante sobre quem recai a indicação do técnico, sorri ao final do jogo. Já não importa mais. Somos torcedores. Somos Drubscky. Somos passageiros do ônibus que dirige. Não confiamos, mas queremos uma viagem tranquila.
Ainda assim, algo me diz que essa viagem não termina com o mesmo piloto. Dos males o menor. Gerson joga demais. E o Flu fez três. Que eu morda a língua neste e nos outros campeonatos.
Panorama Tricolor
@PanoramaTri
Imagem: lancenet.com.br
#SejasóciodoFlu
O treineiro não vai durar, tomara que eu esteja errado, e não tenhamos que contratar um técnico para salvar a pátria nas últimas rodadas, quanto ao garoto Gerson, a diretoria medíocre está oferecendo a quem se dispor paga três mariolas e quatro paçocas e se der mais um saquinho de jujubas leva o Kennedy também uma auditoria séria e independente no Fluminense qdo esses pulhas saírem seria bem interessante