Flamengo 2 x 3 Fluminense (por Lucio Bairral)

IMG_20150531_201946

O Fluminense entrou em campo nesse domingo, no esdrúxulo horário das seis e meia da noite, para mais um Fla-Flu.

Depois os comandantes não sabem o porquê dos estádios estarem vazios.

Existem inúmeros motivos.

E um deles, com certeza, são os horários que a TV impõe.

O que ficou claro pelo número de pessoas que foi ao Maraca.

Ter 28.663 pessoas para um Fla-Flu é uma brincadeira.

De mau gosto.

Depois não sabem o motivo das dívidas impagáveis dos clubes.

E, nesse clima de “poderia ser melhor”, começou o clássico.

Logo no início, um ataque bem desenhado.

Vinícius foi deslocado quando iria receber a bola de frente para o gol.

Pênalti.

Fred bateu como manda o almanaque.

Forte. Seco. Rasteiro. Na costura da rede.

Um a zero.

Em uma trama no ataque do Fluminense, cruzamento da direita.

Em direção ao Fred.

No desespero de ver o artilheiro às suas costas, Pará deu um carrinho. E colocou contra o patrimônio.

Seria o segundo do maior artilheiro do novo Maracanã.

Mas não foi.

Dois a zero.

Ainda no primeiro tempo, Gum saiu pra dar o combate na lateral e deixou um buraco na área.

A bola foi na cabeça do Alecsandro. Que diminui.

Terminou o primeiro tempo.

Tão logo a bola rolou na segunda etapa, Renato lançou o menino Gerson.

Que engatou uma quinta marcha e entrou na área.

Ao receber o combate do defensor rubro-negro, deu um corte seco.

E rolou para o Fred.

De frente pro gol.

O artilheiro só teve o trabalho de deslocar o goleiro.

No contrapé.

Três a um.

Dois do Fred. Que deveriam ser três.

Maior artilheiro do campeonato brasileiro, na era dos pontos corridos.

Fosse ele atacante de um time que a imprensa tem boa vontade, seria tratado de forma diferente.

Mas Fred joga no clube que é a “Geni” do futebol brasileiro.

Logo depois do gol, o juiz inventou uma expulsão para o Giovanni.

Cinco minutos.

Para ver se, em vez da sonora goleada que se desenhava, o Flamengo equilibraria o jogo.

E, de fato, equilibrou.

O time se desdobrou. A torcida percebeu a entrega. E jogou junto.

O Fluminense, sem um atacante de velocidade, foi na base do “bola pro mato, que o jogo é de campeonato”.

A pressão se desenhou durante todo o segundo tempo, depois da expulsão.

Aos quarenta do segundo, com o Wagner e Fred já sem pernas, o Flamengo fez o segundo.

Cruzamento para Eduardo Silva, que deslocou Cavalieri de cabeça.

Três a dois para o Flu.

Cinco minutos dramáticos, mais os acréscimos.

Aos quarenta e seis, o árbitro resolveu compensar e expulsar Canteros.

Para que o torcedor desavisado pensasse: “expulsou um de cada lado, foi justo”.

Só para o desavisado.

Fim de jogo.

Vence o Fluminense.

De fato, ganhar Fla x Flu é normal, ainda mais por 3 a 2.

Panorama Tricolor

@PanoramaTri @luciobairral

Imagem: pra

1 Comments

Comments are closed.