O Fluminense entrou em campo nesse domingo, no esdrúxulo horário das seis e meia da noite, para mais um Fla-Flu.
Depois os comandantes não sabem o porquê dos estádios estarem vazios.
Existem inúmeros motivos.
E um deles, com certeza, são os horários que a TV impõe.
O que ficou claro pelo número de pessoas que foi ao Maraca.
Ter 28.663 pessoas para um Fla-Flu é uma brincadeira.
De mau gosto.
Depois não sabem o motivo das dívidas impagáveis dos clubes.
E, nesse clima de “poderia ser melhor”, começou o clássico.
Logo no início, um ataque bem desenhado.
Vinícius foi deslocado quando iria receber a bola de frente para o gol.
Pênalti.
Fred bateu como manda o almanaque.
Forte. Seco. Rasteiro. Na costura da rede.
Um a zero.
Em uma trama no ataque do Fluminense, cruzamento da direita.
Em direção ao Fred.
No desespero de ver o artilheiro às suas costas, Pará deu um carrinho. E colocou contra o patrimônio.
Seria o segundo do maior artilheiro do novo Maracanã.
Mas não foi.
Dois a zero.
Ainda no primeiro tempo, Gum saiu pra dar o combate na lateral e deixou um buraco na área.
A bola foi na cabeça do Alecsandro. Que diminui.
Terminou o primeiro tempo.
Tão logo a bola rolou na segunda etapa, Renato lançou o menino Gerson.
Que engatou uma quinta marcha e entrou na área.
Ao receber o combate do defensor rubro-negro, deu um corte seco.
E rolou para o Fred.
De frente pro gol.
O artilheiro só teve o trabalho de deslocar o goleiro.
No contrapé.
Três a um.
Dois do Fred. Que deveriam ser três.
Maior artilheiro do campeonato brasileiro, na era dos pontos corridos.
Fosse ele atacante de um time que a imprensa tem boa vontade, seria tratado de forma diferente.
Mas Fred joga no clube que é a “Geni” do futebol brasileiro.
Logo depois do gol, o juiz inventou uma expulsão para o Giovanni.
Cinco minutos.
Para ver se, em vez da sonora goleada que se desenhava, o Flamengo equilibraria o jogo.
E, de fato, equilibrou.
O time se desdobrou. A torcida percebeu a entrega. E jogou junto.
O Fluminense, sem um atacante de velocidade, foi na base do “bola pro mato, que o jogo é de campeonato”.
A pressão se desenhou durante todo o segundo tempo, depois da expulsão.
Aos quarenta do segundo, com o Wagner e Fred já sem pernas, o Flamengo fez o segundo.
Cruzamento para Eduardo Silva, que deslocou Cavalieri de cabeça.
Três a dois para o Flu.
Cinco minutos dramáticos, mais os acréscimos.
Aos quarenta e seis, o árbitro resolveu compensar e expulsar Canteros.
Para que o torcedor desavisado pensasse: “expulsou um de cada lado, foi justo”.
Só para o desavisado.
Fim de jogo.
Vence o Fluminense.
De fato, ganhar Fla x Flu é normal, ainda mais por 3 a 2.
Panorama Tricolor
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Imagem: pra
Bom dia Lúcio!. Quem lançou o Gerson foi o Vinicius.