Flamengo 2 x 0 Fluminense (por Edgard FC)

(a primeira mão foi beijada)

A decisão do Cariocão 2023 teve seu kick-off nesta noite de primeiro de abril, após uma longa pausa para assistirmos aos jogos à brinca das seleções mundo afora, menos para as europeias que já buscam se classificar à Euro 2024 que será disputada em Deutschland, vulgo Alemanha.

Neste ínterim, o nosso adversário pôde melhor se aprumar, após sequência de derrotas em decisões, disputadas por méritos, diga-se, enquanto o Fluminense viveu certa soberba acompanhando fotos e microvídeos de lances aleatórios de jogadores nos treinos.

Com Jhon Arias cansado, após viver seu êxtase com sua Colômbia em terras nipônicas, o Fluminense foi bem nos primeiros quinze, dezesseis minutos, não mais que dezessete ou dezoito. A partir disso, o jogo ficou parelho, as duas equipes mais preocupadas em anular a outra. A primeira etapa terminou em zero a zero, com duas finalizações para cada lado, no gol.

A estratégia de Vítor Pereira funcionou melhor. Fez nosso escrete correr, correr, cansar, cansar; com pouco mais de cinco minutos de segundo tempo, Ayrton Beijoca entrou livre dentro da área e deu um tapa na esquerda de Fábio, que nada pôde fazer.

O Fluminense não conseguia se encontrar em campo, foi dinamitado pelo time de remo, e este ainda ostentou em suas mexidas: enquanto no Flu Pirani havia entrado na vaga de Keno, entraram pelo Rubro-negro Éverton Ribeiro, Filipe Luís, Gabriel Barbosa e Arturo Vidal. Depois o Fluminense promoveu Lima no lugar de David Braz.

Tanta qualidade em campo fez valer. Em jogada pela esquerda, Ayrton Lucas entrou como quis e cruzou para Pedro chapar o dois a zero, deixando o Fluminense envolto em seu próprio tecido.

Em jogada decorrida após o gol, o Flamengo acelerou, mais uma vez pelo lado esquerdo, Samuel Xavier, atrasado, pisou no calcanhar, não de Aquiles, mas de Ayrton, dono da partida que, apesar da confusão formada neste lance, aconteceu.

No lance, por reclamação e perda da compostura, Fernando Diniz também recebeu seu pagamento encarnado: foi expulso. A queixa se deu por conta, segundo os tricolores, do critério enviesado, já que o zagueiro substituído Léo Pereira havia cometido uma falta que impediu a progressão de Arias à área, quem sabe tivesse ficado cara a cara com Aderbar e marcado. Vá saber.

Com a expulsão, a comissão técnica do Fluminense tentou corrigir, sem qualidades, a invencionice. Guga para fazer a lateral em vez do expulso Samuel, na vaga de Ganso e promoveu Victor Mendes, o zagueiro ex-Juventude, na vaga do peixe do Diniz: Gabriel Pirani, o rapazola nem bem ficou vinte minutos desfilando no gramado do Maracanã.
O jogo ficou abdicado de intensidade pela parte vencedora, até ali, restando ao Fluminense buscar um abafa, um tudo ou nada ou, quem sabe, uma ajudinha do Gravatinha.

Que nada. A maré de más notícias encontrou sua pior forma: em finalização tentada na área de Santos, Martinelli sentiu a musculatura em lesão que, aparentemente, é séria e pode afastá-lo da equipe por boas semanas. Quem sabe nem volte, já que a diretoria trouxe o cincão Thiago Santos.

Falando em cincão, entrou o quarentão que veste a trinta, Felipe Melo. Deve ter feito os caninos latirem nas arquibancadas. Segundo me confidenciou o Filho do Conde, muita gente estava com pigarros engasgados no Maracanã, precisando soltar o ruf ruf preso na garganta.

Ainda não acabou. Domingo, dia nove tem a segunda mão desta final, a primeira já foi beijada; no meio de semana vamos ao Peru, jogar contra o Sporting Cristal de Thiago Nunes (treinador que sucedeu Diniz no Athletico Paranaense, sendo campeão da Sul-Americana), Ignácio, zagueiro ex-Bahia, Brenner, atacante ex-Ituano e o craque peruano Yoshimar Yotún, em Lima, sem altitude, enquanto nosso adversário irá ao Equador enfrentar o Aucas. Porém, deverá se apresentar em solo inca com equipe alternativa.

Não tem mais choro nem vela, agora é orar. Quem sabe o raio que caiu em 1995 possa ter seu clone.

9 Comments

  1. Análise lamentável! Eu sempre acredito no Fluminense, por isso, no próximo domingo estarei na arquibancada junto aos verdadeiros tricolores torcendo por uma vitória que é totalmente possível.

    1. E quem é você para definir quem são os verdadeiros tricolores, anônimo?

    2. Comentário ridículo o seu amigo. Vc parece não ter cognição para ler pq parece ser um analfabeto funcional… Lamentável é abrir uma coluna maravilhosamente escrita e ver um babaca que ainda se diz tricolor dizer que é um verdadeiro tricolor, vc não passa de um asno e cuidado pra não cair no chão que corre o risco de vc não levantar mais e andar de quatro patas! Belissimo texto Edgard!

  2. Que desgraça e ainda ter que ler essa forma de crônica metida a “ironia com verborragia” por vezes de exagero explícito. O Diniz errou e o português acertou, simples e seguimos aprendendo. Essa derrota poderia ser evitada se não entrássemos no oba oba. Arbitragem horrorosa e estamos a depender de um milagre para sermos campeões.

    1. Você precisa aprender a usar aspas antes de fazer crítica literária de meia boca. ST

      1. Não somente foi aceito como foi ratificada a sua ignorância no uso das aspas.

        E você acredita que sua verborragia oca incomoda alguém aqui? Você realmente se dá essa importância?

        Mais um pro lixo. Próximo.

    2. Vc deve ser esses cordeirinhos da atual gestão. Arrogante é o seu comentário desnecessário e babaca. Recolha a sua insignificância de merda e enfia uma rolha no seu rabo! Torcida do Fluminense tem um imbecis que dá nojo.

      Belíssima coluna Edgard!

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