Fla x Flu. Surgido antes de Adão e Eva. Antes mesmo da grande explosão que deu origem a tudo. O pai, que criou o futebol carioca. Criou também a Seleção Brasileira, a mais vitoriosa do mundo. E o filho rebelde, que se acha maior que o pai. O mais amado do Brasil entrou em campo com Cavalieri, Wellington Silva, Gum, Henrique e Giovanni; Edson, Douglas, Cícero e Gustavo Scarpa; Maranhão e Magno Alves. A novidade no banco foi Pedro, promissor artilheiro do sub 20 tricolor.
A partida iniciou com o Flamengo pressionando. Antes dos sete minutos, duas chances parecidas. Descida pela direita e bola cruzada, rasteira, para quem viesse fechando pelo meio. Aos 10 minutos, novamente a mesma jogada. Estava inaugurada a Avenida Giovanni. Com 11 minutos um chute, aos 14 minutos uma cabeçada, aos 15 minutos um chute travado e outra cabeçada. Nosso primeiro ataque foi um cruzamento, cortado pelo Muralha, aos 16 minutos. Aos 22 minutos um fraco cruzamento do Magnata. Três minutos depois, nosso primeiro chute a gol, também com Magno Alves.
Alan Patrick perdeu uma chance incrível aos 26 minutos. A bola sobrou, quicando, daqueles que vem pedindo o chute. Passou perto. Antes dos 30 minutos, foi a vez do Gum chutar errado. E continuávamos sofrendo grande pressão. Inúmeras chances desperdiçadas pelo time do lúmpem. O volume de jogo dos mulambos era absolutamente maior. A grata surpresa no primeiro tempo foi a partida até então segura do Gum. Melhoramos, principalmente em relação aos últimos jogos, na sorte. Senão teríamos sofrido gols no primeiro tempo.
O segundo tempo começou com uma postura bem melhor do tricolor. Com dois minutos já teve mais perigo que os 45 minutos iniciais. Conseguiu um escanteio aos três minutos. Na subida de Gum, Willian Arão foi nosso melhor atacante e colocou no gol, fazendo o 1 a 0 pra gente. Com o gol, eles definitivamente lotearam nosso campo de defesa. Vieram pra cima e em um bate e rebate, Gum tentou dominar para tirar a bola e sobrou para o clone do Clodovil Hernandes empurrar de cabeça para o gol, fazendo o 1 a 1. Depois do gol de empate, a partida equilibrou pela primeira vez.
Aos 22 minutos, Wellington Silva errou na linha de impedimento, mas salvou o gol certo. Aos 24 minutos, a resposta do Magnata, que foi lançado por trás da zaga e chutou por cima do gol. Com 27 minutos o ataque foi substituído: Magno Alves e Maranhão saíram para a entrada de Osvaldo e Richarlison. Um lance de desarme de Gum, deu um chutão para frente e a defesa rubro-negra e entregou a paçoca. Rafael Vaz tentou recuar a bola para o Muralha. A bola, rasteira, perdeu velocidade em uma poça e ficou para Richarlison, que acreditou na jogada até o fim. Calmamente driblou o goleiro e fez seu primeiro gol com a camisa tricolor. Estava então 2 a 1 no placar.
Pouco depois o autor do gol sofreu lesão e deu lugar a Pedro. Que entrou bem e quase criou boa chance de matar o jogo. A partir daí a partida foi equilibrada. Chances de lado a lado. Nosso ponto fraco continuava a ser o Giovanni. Emoção a cada lance. O time se esforçava, corria. A entrega era nítida. Aos 49 minutos a última chance e Cícero perdeu. Valeu pelo esforço, valeu pela vitória. Afinal, vencer Fla Flu é normal… Desde 10 minutos antes do nada, é normal.
Panorama Tricolor
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Imagem: lub