ENTRANDO EM CAMPO…

Levir resolveu fazer algumas mudanças no time derrotado do meio de semana: o sonolento Jonathan saiu, Wellington Silva voltou para sua posição de origem e Giovanni entrou na lateral esquerda. Esse trio de laterais não vem dando. Além de deixarem os adversários se criarem pelos seus lados, pouco agridem e criam na frente. Depois dos seis gols tomados em dois jogos, Pierre foi para o banco e Edson reassumiu a titularidade. Marcos Junior, que fez bom jogo contra o Santos, sentiu e ficou no Rio de Janeiro. Maranhão foi escolhido. A explicação, talvez, seja porque o estado fica perto do Rio Grande do Norte…

DIEGO CAVALIERI

Está lento nas reações. Isso ficou claro em dois lances no primeiro tempo: num chute de muito longe chegou bem atrasado e, em outro cruzado, a bola passou na sua cara na pequena área. No gol de empate de Guerrero, espalmou para o meio e em cima do peruano. Não está bem.

WELLINGTON SILVA

Lançou-se no primeiro tempo e foi opção para a infiltração pela direita, mas não conseguiu chegar ao fundo. Na metade do segundo tempo, salvou um lance de perigo ocasionado por sua própria bobagem. Teve mais trabalho na etapa final, foi envolvido algumas vezes. Pouco subiu ao ataque. Foi superior ao Jonathan.

GUM

Melhor protegido com Edson à frente. Isso forçou que o adversário tentasse mais vezes pelo alto e, por ali, levou grande vantagem. Além disso, não foi obrigado a disputar longe da sua posição. Foi bem também na antecipação.

HENRIQUE

Deu um passe inexplicável na entrada da área aos 6’2ºT que quase gerou o empate. No gol de empate, não conseguiu interceptar e a bola sobrou para Guerrero fazer a primeira conclusão. Vai muito mole quando marca por trás e possibilita o giro e o arranque do adversário. Ficou mais exposto do que Gum porque o Giovanni deixou espaços pelo lado esquerdo da defesa.

GIOVANNI

E a Av. Giovanni ficou, mais uma vez, liberada. Quando alguém disparava pelo seu lado, não acompanhava. Aliás, essa é uma característica do lateral e, sem cobertura, a bola chega na cara de Cavalieri. Foi assim várias vezes, inclusive, no empate rubro-negro.

EDSON

Fechou bem a entrada da área tricolor, forçando o Flamengo a procurar os lados do campo para chegar à área de Cavalieri. Bem fisicamente, não pode ficar fora do time.

DOUGLAS

A pressão rubro-negra na maior parte do primeiro tempo impediu que saísse para o jogo. Ficou mais no auxílio a Edson na marcação à frente da área. Na segunda etapa, teve mais espaço para chegar. Inclusive, concluiu ao gol. Roubou a bola que deu início ao contra-ataque que resultou no segundo gol. Tem muito mais facilidade quando atua ao lado de Edson.

CÍCERO

Mais uma vez, não tomou as iniciativas na criação. Se fosse mais ativo, num jogo como o de hoje, o Fluminense marcaria mais gols. É um jogador que se movimenta pouco e de forma decrescente, terminando os jogos quase parado.

GUSTAVO SCARPA

No primeiro tempo, estava em outra vibe e quase não tocou na bola. Ficou resumido às poucas bolas paradas. Na etapa complementar, logo aos 3’, bateu o escanteio que originou a abertura do placar. Depois, teve algumas oportunidades de puxar contra-ataques, mas não repetiu seus melhores momentos no Fluminense.

MARANHÃO

Assiste ao jogo de dentro do campo. E mal, porque não consegue antever nada e não se posiciona para ser opção de passe. Pará ganhou todas de Maranhão no Rio Grande do Norte. Saiu tarde.

OSVALDO

Mesmo com todos os espaços deixados pelo Flamengo, não conseguiu criar perigo a Alex Muralha. Ganha um salário muito fácil. E haja salário…

MAGNO ALVES

Isolado, apareceu num chute na metade do primeiro tempo. Antes de sair, perdeu ótima oportunidade.

RICHARLISON

Na segunda pressão em Rafael Vaz, antecipou-se a Alex Muralha, driblou-o e tocou para o gol vazio. Entrou com muita vontade, pena que logo se contundiu.

PEDRO

Teve a oportunidade para se consagrar, mas pecou pela inexperiência. Precisam trabalhar a explosão do garoto. Se conseguir melhorar o arranque, vai se tornar um baita atacante, pois tem pernas longas, habilidade e é inteligente.

LEVIR CULPI

O Flamengo marcou forte saída de bola do Fluminense nos 20 primeiros minutos. Pouca movimentação dos homens sem a bola e a demora no passe faziam com que a ligação direta e a entrega da posse chamavam o rubro-negro para o campo de defesa tricolor. A partir dos 20’1ºT, o Fluminense espalhou melhor seu meio-campo, adiantou a marcação e conseguiu encontrar espaços para chegar à intermediária do Flamengo. O segundo tempo começou, praticamente, com 1 x 0. No entanto, sem conseguir bons contra-ataques, chamou o Flamengo e sofreu o empate aos 12’2ºT. Até o gol de Richarlison, o Fluminense foi pressionado, mas a zaga conseguiu segurar o ataque rubro-negro e, ainda, criou dificuldades para Muralha. Com a vantagem no placar, faltou mais organização nos contra-ataques para matar o jogo. Aliás, isso tem sido recorrente.

FLAMENGO

Perdeu boas oportunidades no primeiro tempo. Tem um meio-campo muito fraco.

ARBITRAGEM (Luiz Flávio de Oliveira)

Hoje foi melhor do que em jogos anteriores. Um lance que gerou dúvidas: num chute de longe, a bola bateu no braço de Réver.

…SAINDO DE CAMPO

O retorno de Edson recuperou a boa marcação à frente do gol. O volante consegue realizar uma marcação com raio de ação maior que Pierre e é mais rápido na recuperação. Isso faz com que a bola dificilmente chegue de frente para o gol de Cavalieri. O adversário, então, procura os lados do campo. Neste caso, Levir precisa achar uma alternativa para a lateral esquerda, pois Giovanni não marca ninguém e, ainda, posiciona-se muito mal, ficando no meio do caminho. A vitória foi importantíssima pelo momento, afinal, o Fluminense vinha de duas derrotas consecutivas. Mais uma e o caldo iria entornar feio.

Panorama Tricolor

@PanoramaTri @MauroJacome

Imagem: maco