Flamengo 0 x 1 Fluminense (por Paulo-Roberto Andel)

Isso já aconteceu muitas vezes, embora sempre seja uma satisfação retumbante: o adversário é supostamente melhor, tem mais força, mais torcida, mais time, mais tudo, até que o Fluminense, danadinho que ele só, espera chegar perto do final do filme, derruba a tela, rasga o roteiro e o que se vê é tudo muito diferente do óbvio.

Sinceramente, o Flamengo em campo esteve muito aquém das manchetes esportivas mais recentes, muito mais fechado do que antes. Entramos com dignidade, disposição e suor. E isso foi suficiente para estabelecer a nossa superioridade, confirmada nos acréscimos daquele jeito que, me desculpem os rivais, para nós é fichinha. Deu no que deu: gol no fim, a massa silenciosa e o 1945 tricolor. Quem estava no gol de barriga sabe.

Em certo momento do segundo tempo parecia que ia dar. O Flu tentou uma, duas, ficou forte, não se abaixou e o Fla sentiu o cheirinho. Quando começou aquela história de 41, 42, teve gente suando frio. Conheço amigos que não podem ouvir falar de Renato ou Assis. Alguns, nem do crédito.

De Arrascaeta, o famoso Rasca de Vanderlei Luxemburgo, ficou marcado. O Fla-Flu é a glória, o Fla-Flu é a história. Os cinco mil tricolores pareciam cem mil. Depois de tantos socos na cara diariamente, finalmente veio uma noite de lavar a alma carioca. De vert, blanc, rouge, é claro.

O Chiquinho Zanzibar está ensandecido. Se bobear ele até beija o Agnaldo Happybath na boca. Vale tudo. O Tricolor está na final.

Panorama Tricolor

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