O Fla-Flu pantaneiro (por Paulo Tibúrcio)

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O time do Fluminense parece estar ganhando forma. Os últimos jogos têm demonstrado uma evolução na equipe. Claro, ainda não estamos no ideal. Paciência é importante neste momento, Roma não foi construída em poucos dias. Mesmo que os últimos adversários não sejam parâmetros, devemos lembrar os primeiros jogos da temporada em que amargamos dificuldades e derrotas contra equipes de menor investimento. O primeiro grande desafio do ano vem agora, contra a Gávea. Ainda que a Equipe do Remo não venha com força máxima, é “camisa contra camisa”, tradição em campo. É sempre difícil para os dois lados, em qualquer circunstância. Muito se perdeu no caminho, mas ainda é o maior duelo da história da Humanidade.

Era jogo para Maracanã. Nada contra a simpática cidade de Cuiabá. Apesar do apelo não ser mais o mesmo, pela importância do clássico e pelo alcance das torcidas, faz sentido levar o espetáculo para outros lugares, permitindo que torcedores de outras praças tenham chance de ver seu time jogar. Tudo dentro de um planejamento prévio, avaliando o melhor momento e oportunidade para estas escolhas. Não foi o caso. Ainda estamos no início do ano, os times precisam ser apresentados pela sua torcida e o melhor palco para isto seria o Maracanã. Infelizmente o estádio encontra-se abandonado.

Estive no outrora maior do mundo nesta semana. Não foi para futebol, mas para outro tipo de espetáculo. Um grande show do lendário Phil Collins. O Maracanã era para ser gigante. Sua essência principal é o futebol o que não impede que seja usado como equipamento cultural, permitindo shows, exposições ou qualquer outro tipo de evento que venha a favorecer a sociedade, pois a ela que ele deveria pertencer, não a grupos com interesses privados e políticos. Lembrando que o Maracanã não é só o Mário Filho. É o Júlio de Lamare, Célio de Barros e o Gilberto Cardoso.

A grandeza do Maracanã, mesmo com suas cadeiras encardidas e bambas, comporta um show da envergadura do ex-baterista do Genesis. A velha guarda se fez presente e se acabou dançando ao som de Easy Lover e Dance Into the Light e certamente relembrou grandes momentos de juventude ao ouvir In The Air Tonight e You´ll Be in My Heart. Os mais novos tiveram a oportunidade de ouvir boa música. Phil Collins já não é um garotão. O tempo levou a cabeleira e um pouco do vigor físico. Mas a voz continua magistral. Sentado em uma cadeira durante todo o show, comandou o espetáculo, tal qual um Deco no meio de campo distribuindo jogadas. Claro, cercado de Concas, Thiagos Neves, Dodôs e Freds para todo o lado. A banda que o acompanhava cumpriu seu papel com maestria. São velhos tempos que se vão, tal qual aquele timaço do Flu de 2008. Mas vendo o filho de Phil Collins com seus poucos 16 anos na bateria, cumprindo com desenvoltura o papel que lhe cabia, vejo que sempre há esperanças de renovação, tanto na música como no nosso amado Fluminense.

Espero que o Maracanã possa novamente ser a casa oficial do Fla x Flu um dia. Enquanto isto não vem, que o Flu consiga confirmar a boa fase e vença o jogo deste sábado contra o principal rival, para a alegria dos tricolores cuiabanos.

Panorama Tricolor

@PanoramaTri @paulotiburciojr

#JuntosPeloFlu

Imagem: bit