Estamos a 22 dias da estreia tricolor na Libertadores da América que, em primeiro momento, é nossa competição prioritária nesse 2021 que é o 2020 sem fim.

Nas redes, a torcida tricolor manifesta sua impaciência ante a falta do anúncios de reforços, digo reforços que cheguem, peguem a camisa e chamem para si a responsabilidade.

Mas jogador desse naipe custa caro, além de não estarem dando sopa no mercado.

Convenhamos: desde o final da relação com a Unimed, o Fluminense deixou de ser “player” com mão cheia no mercado.

Hoje, com uma dívida na casa dos R$ 750 milhões de pobres reais, embora alguns desconfiem que façamos parte do clube dos endividados bilionários (leiam a excelente coluna do Marcelo Barreto no O Globo do último domingo), não temos nem roupa para entrar nessa festa de contratar craques.

Os nomes que se especulam são de jogadores com belo curriculum, como William Bigode, já com 35 anos e longe de ser craque, mas que viria com salário nesse nível e se juntaria a outros cinco na mesma faixa de idade, mais outro que, embora com menos idade, parece ter o dobro dos demais.

Somaria? Claro que sim, não sei se vale o preço.

Chegou Wellington que, ao contrário da maioria, considero bom reforço e acho que vai jogar com o ótimo Martineli.

Samuel Xavier é bom jogador e lateral de ofício, tranquiliza o lado direito.

Continuo achando que precisamos de um homem de frente para jogar com e sem o Fred.

Um zagueiro seria muito bem vindo e um lateral esquerdo com fôlego, uma urgência.

Mas sem acreditar em historinha do boitatá, galera. Nosso cacife é baixo e não vejo ninguém por aí que valha uma loucura.

Roger utilizou quase 30 jogadores em quatro jogos. Utilizou três esquemas táticos, 4-4-2, 4-3-3 e 4-2-4 no final do jogo contra o Volta Redonda. Para quem reclamava da falta de opções táticas, um começo interessante.

Aliás, aposto no trabalho do Roger. Preparado, estudioso e tranquilo, sem afetações.

Seu grande desafio será saber escolher as peças que tem e terá (será?) à disposição. Dosar juventude e experiência no momento certo. Não se render a pressões de vestiários, gabinetes e arquibancada virtual.

Faltam 22 dias para começar a Libertadores.