Falando sobre homofobia e racismo sim (por TTP)

O final de semana sem jogo abre espaço para outros temas, além do desempenho do time tricolor em campo.

O tema que trago hoje já foi abordado outras vezes por aqui.

A luta contra o racismo e a homofobia, que não pode ser jamais deixada de lado.

No final de agosto passado, após a partida contra o Cuiabá, o Fluminense realizou um leilão de camisas e a arrecadação foi doada para organizações de combate ao racismo. Porém, após isso, qual outra ação foi realizada? Pelo Fluminense ou por qualquer outro clube?

Ações como essas devem ser frequentes, e não apenas reativas em casos isolados, que tenham maior repercussão midiática.

O Fluminense passará pelas suas eleições, e além do atual presidente que provavelmente disputará a reeleição, já tem outros dois candidatos confirmados (salvo alguma desistência).

Nenhum dos dois candidatos opositores apresentou uma proposta, por menor que seja, de combate à discriminação e o preconceito. O assunto sequer é mencionado nem mesmo por entrevistadores. O atual mandatário tampouco apresentou algo diferente. Gostaria de ver esse tema abordado nas sabatinas.

Todos prometem um time campeão, sem se lembrar que o futebol envolve muito mais do que vemos apenas dentro das quatro linhas.

O Fluminense não foi apenas um dos pioneiros do futebol nacional (poderia facilmente dizer mundial), mas também em diversas áreas. E portanto, é o clube mais indicado para encabeçar essa e outras lutas.

Jogadores e torcedores que representam as três cores precisam entender isso. O Fluminense é o clube de todos e, portanto, deve ser exemplo.

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O volante Wallace, que estava emprestado ao CRB, retornou ao Fluminense. O jogador solicitou seu retorno porque não estava sendo aproveitado pelo clube alagoano como esperava. Wallace perdeu espaço no time após a chegada de Juninho Valoura, ex-América Mineiro.

Duas coisas precisam ser ditas sobre este caso. Primeiro, o jogador poderia ter sido integrado ao time principal do Flu desde o início do Brasileirão, e não emprestado.

Segundo, como o jogador não pode ser inscrito pelo Flu no campeonato brasileiro, seu retorno é precoce, pois sua permanência no CRB até o final do empréstimo, possibilitaria ainda a participação em mais algumas partidas.

Esperemos que ao menos agora o jogador não seja esquecido na zona da berlinda, e que realmente seja ao menos integrado ao comando de Fernando Diniz, para ambientação, visando a temporada de 2023.

Boa semana a todos.

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NOTA:

Sistematicamente há dez anos o PANORAMA TRICOLOR realiza procedimentos de respeito e valorização das pautas identitárias. Foi o primeiro dos sites tricolores a abrir espaço para cronistas femininas em quantidade expressiva, e também pioneiro da criação de um programa feminino sobre o Flu. São inúmeras as colunas e conteúdos diretamente ligados às pautas antirracistas e LGBTQIA+, não somente em defesa das questões em si mas também em respeito a queridos integrantes da casa. Por fim, aqui foi criado o mais instigante personagem que leva a reflexões sobre as mesmas pautas citadas anteriormente: Chiquinho Zanzibar.