Explica isso, Jesus! (por Marcelo Savioli)

O negócio é que o portuga incorporou a empáfia café com leite. Estamos em outo patamá. Quem se preocupa em ganhar Flamengão é o Fluminense.

Então temos que mudar o nome da competição de Flamengão para Fluzão. Mas como fazer isso se, entra ano, sai ano, o rio corre para o mar, passando por cima de tudo, até da ética e da dignidade?

Acho que esse Jesus, de quem não subtraio um único mérito, carece de perspectiva histórica e de entendimento do que é o clube ao qual pertence no momento.

Pois eis que se o time café com leite não liga para o Flamengão, ou Rubão, como queiram, que é a mesma coisa, por qual razão entram em campo com catorze obstinados, suplantando em números adversários que ousam tentar mudar o rumo do rio?

Por que diabos contam um tricampeonato em dois anos? Será que agora mudaram sua sede de carioquetas, só porque estão em outo patamá?

Precisa convencer a torcida café com leite que foi ao Maracanã quarta-feira, porque o pessoal deixou o estádio meio constrangido, assim com o rabo entre as pernas. A impressão era de que os caras estavam pensando: “lá vem esse Fluminense de novo”. A história não falha como objeto de análise. Vide 2009 – 2010.

A forma de disfarçar a eterna sede de superar o rival vem na forma de empáfia. Nisso, Jesus parece ter se superado no aprendizado. O problema é que não se mexe com leões, principalmente se estiverem feridos e famintos.

É melhor baixar a bolinha, Jesus, porque somos nós que fazemos pouco caso do Flamengão. Sabe por que? Porque já compreendemos que na hora da verdade, os adversários, e não é só o café com leite da Gávea, jogam com três homens a mais.

Ah, esqueci! Agora tem o pessoal do VAR também. É muita gente para a gente derrotar em um jogo só. Imagine só isso em vários jogos. O Brasileiro de 2019 e Fernando Diniz que o digam.

***

Pois eis que tracei, cá da minha empáfia de analista, que o Fluminense deveria traçar diretrizes para os três jogos pré-carnavalescos.

Contra o Botafogo, o que menos importava era o resultado. Tínhamos que ter performance. Tirando o início de jogo desastrado, superamos em muito o sarrafo, com atuação de altíssimo nível.

Contra os café com leite, o resultado tinha lá seu valor, mas, ainda assim, o mais importante era a performance.

Tivemos dois aspectos a serem ressaltados.

O primeiro foi a falta  de regularidade. Fomos engolidos durante os primeiros trinta minutos, falhando sucessivamente na saída de bola e na transição ofensiva.

Tivemos, posteriormente, um equilíbrio nas ações, graças, sobretudo, à persistência do Fluminense em não abrir mão do seu jogo, mesmo correndo riscos e sem apresentar alternativas táticas, o que perdurou até por volta dos 15 minutos da segunda etapa.

Num terceiro momento, passamos a variar a transição e demos um nó no técnico café com leite, que só não terminou em virada vocês sabem o porquê.

Como diagnóstico, precisamos repensar as peças defensivas e o miolo do nosso jogo, que são os volantes. Ganso? Já tinha ido bem com o Diniz jogando mais recuado, na construção do jogo, mas vamos deixar, por ora, isso com o Odair, que tem créditos acumulados.

Vamos para a próxima terça-feira. Não tem conversa e não tem performance. O que tem é a necessidade de vencer, seja pelo aspecto esportivo, seja pelo econômico e financeiro.

A gente pode marcar para jogar bem e dar espetáculo outro dia, embora saibamos que jogar bem e dar espetáculo são coisas que andam de mãos dadas com a vitória, que o diga o Jesus, exceto na final com o River.

Então, amigos, amigas, para consumar esse pré-carnavalesco com chave de ouro, é vencer, vencer ou vencer, não importa como.

Saudações Tricolores!

Panorama Tricolor

@PanoramaTri @MauroJacome

#credibilidade

1 Comments

  1. Eu queria entender o porquê de não haver uma ação institucional, séria, contra a roubalheira da arbitragem, praticada contra ao Fluminense, ano após ano. Em que pese o baixo desempenho (mais em termos de resultado do que em performance) no brasileirão 2019, quem fez de tudo para rebaixar o Fluminense foi a arbitragem. Não foram erros de interpretação, foram ações intencionais.

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