VAMOS EM FRENTE

Conversando com meu amigo Jayme Poggi, quando ele perguntou a um grupo de discussão se a Primeira Liga foi um sucesso, respondi que se pode ver de várias formas.

Como enfrentamento à FERJ e à CBF, foi sucesso. Principalmente porque os clubes não cederam e se impuseram. Nesse aspecto, foi fundamental a parceria entre Fluminense e Flamengo na oposição ferrenha à Federação. Para fins de mídia e de pressão, o posicionamento da dupla pesou muito. Por muitos anos o Fluminense vinha, sozinho, fazendo oposição à FERJ; primeiro ao Caixa D´água e, depois, ao Rubens Lopes. A entrada do Rubro-negro carioca, por motivos óbvios, pesou muito e favoravelmente. Sinceramente, achei que a coisa não ia vingar.

Quanto ao planejamento e à organização, deixou a desejar. No entanto, pode ser considerado normal em função do contexto. Certamente, nos anos seguintes será diferente. O público de ontem foi importante para fins de mídia e para chamar a atenção. Será fundamental, também, que a TV aberta entre na parada para dar mais visibilidade.

Para ganhar corpo, por exemplo, a entrada dos outros dois cariocas e de clubes de outros estados, vai depender da estratégia adotada nas próximas reuniões da Primeira Liga. Se a grana aumentar consideravelmente, muita gente entra correndo. Outra questão importante seria ter em mente a criação de uma Liga NACIONAL e a consequente diminuição da dependência com relação à CBF. Aí sim, a coisa poderá dar outro rumo ao futebol brasileiro.

CONSTATAÇÕES

Houve uma evolução muito grande no futebol do Henrique depois que o Levir Culpi assumiu.

O Fluminense precisa, urgentemente, de um lateral-esquerdo: Giovanni é muito fraco; Levir acha que o Léo ainda não está pronto e o Jonathan é, fisicamente, instável.

Mesmo sem jogar, Richarlison parecia pinto no lixo com a taça na mão.

O mundo dá voltas e a torcida ficou muito feliz com Marcos Junior no final, mas antes do gol perdeu uma boa oportunidade, ao deixar a bola passar debaixo do nariz e estragou um excelente contra-ataque com um toquinho displicente.

Exceto nas tomadas em câmera fechada, o Scarpa está em todas as imagens da TV. Na defesa, na transição e no ataque.

Panorama Tricolor

Imagem: majac