Essa é a Copa dos gols e da vibração.
Até a Copa de 70, ano da última Copa da era romântica do futebol, jogos com resultados como os que temos visto nesses quase 10 dias de torneio eram normais.
Desde a Copa de 70 não se vê tanta emoção já na 1ª fase. Eu, que lembro muito pouca coisa de 74 e considero 82 a minha 1ª Copa, estou experimentando emoções nunca antes vividas nesse torneio. São gols em profusão.
Ontem à tarde assisti a França e Suiça. Vi Alemanha e Portugal e conferi, in loco, Holanda e Espanha. Para ficar somente nos jogos realizados na Fonte Nova, em Salvador, que tem sido o estádio (desculpem-me, mas não gosto de certas modernidades, entre elas chamar os novos estádios de arenas) das goleadas.
O que falar de uma Copa em que, no chamado grupo da morte, o azarão (acho que nem azarão a Costa Rica era considerada antes do início do torneio), Costa Rica, estaria classificado por antecipação e a Inglaterra estaria eliminada, também por antecipação.
Quem esperaria uma derrota da Itália para a Costa Rica?
E a Espanha eliminada após uma goleada para a Holanda e derrota de 2 a 0 para o Chile?
Quantas surpresas mais nos reserva essa Copa?
Eu, que confesso, não estava muito animado antes do dia 12, assisti há pouco ao jogo entre Equador e Honduras, equipes que, normalmente, não seriam um convite para me sentar em frente à TV e acompanhar os 90 minutos de confronto. E, mais uma vez, emoção não faltou. Virada, gols perdidos, pênaltis duvidosos. Todos os componentes para dar emoção a uma partida.
As partidas, em sua grande maioria, empolgam muito, principalmente, porque quase todas as equipes estão privilegiando o ataque, em detrimento até de um maior poder defensivo, coisa difícil de ver nas últimas Copas.
Curiosamente, a equipe que não tem empolgado nem causado muita emoção é a anfitriã. Nossa seleção apresenta até agora um futebol previsível e pouco efetivo. Com falhas no setor de marcação e um ataque muito pouco efetivo e tendo seu principal problema num meio de campo pouco ou nada criativo. Na última partida, contra o México, por exemplo, com a saída de Hulk jogamos com 3 cabeças de área no meio de campo. Não dá para esperar criatividade de um time com essa composição.
Somos hoje totalmente dependentes de Neymar e a bola não tem chegado ao Fred, que fica muito isolado entre os zagueiros e praticamente assisti aos jogos da sua seleção.
O cenário que se apresenta não é dos mais positivos para a nossa seleção. Mas, pelo que está sendo presenciado até então, é impossível fazer qualquer previsão. Se alguém me falasse há 2 semanas que Espanha e Inglaterra seriam eliminadas na 1ª fase eu provavelmente zombaria dessa pessoa.
Como já deixei claro em outras oportunidades, minha seleção favorita para o título, por tudo que tem apresentado há alguns anos, é a Alemanha. Mas se o Brasil, por mais problemas que eu nele identifique nesse momento, passar por cima da Alemanha, não me surpreenderá.
A imprevisibilidade de resultados é o segredo dessa Copa
Panorama Tricolor
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Foto: http://www.bbc.co.uk/