O Fluminense abre, neste sábado, 9 de abril de 2022, a edição do Campeonato Brasileiro de 2022. O primeiro jogo do torneio caberá aos grandes Fluminense e Santos.
Há 10 anos na fila pelo título do Brasileirão, o Fluminense vive uma situação interessante. Desclassificado precocemente da Libertadores, conseguiu um feito extraordinário para os sedentos tricolores: a conquista do Carioca, sobre o rivalíssimo Flamengo.
Em meio a notícias atravessadas sobre venda de jogadores importantes e festejados pela torcida; em meio a um ano eleitoral no clube, onde as energias são catalisadas para tal evento; em meio, também, a notícias de salários atrasados, o clube festeja feitos.
Sobre feitos, considero, claro, a conquista do Carioca.
Sobre feitos, considero as atuações consistentes, aguerridas e seguras de Árias e André neste ano.
Sobre feitos considero, também, a boa fase de Paulo Henrique Ganso. Como já citei em outra coluna, o cérebro no meio de campo, um cérebro chamado Ganso.
Foi no Santos, aliás, que Ganso se projetou para o futebol. Foi lá também que experimentou seus melhores e mais geniais momentos.
E é contra esse Santos que o Flu inicia a maratona, a corrida de longa distância que é o Brasileirão.
Para emanar excelentes energias ao time na estreia do Brasileirão, nada como relembrar do 4 a 0, pela sexta rodada da primeira fase do Brasileiro de 1992, no nosso estádio das Laranjeiras.
O Fluminense fez uma partida com desenvoltura inequívoca. Formado por Jefferson, Carlinhos Itaberá, Edmilson, Mazola, Júlio Alves, Pires, Marcelo Gomes, Elói, Renato, Ézio e Bobô, o Flu foi soberano.
O Santos, treinado por Rubens Minelli, vivenciou nas Laranjeiras lotada de tricolores uma tarde para esquecer.
Super Ézio, autor de dois gols, vivia seu segundo ano no tricolor e se habilitava, cada dia mais, como xodó da torcida.
Foi com ele que o Flu abriu o placar aos 24 minutos do primeiro tempo, após uma bola dividida na zaga santista entre o sutil Bobô e o defensor do Santos. Foi com Ézio também que o Flu fez 2 a 0 de pênalti, para a alegria dos mais de 3 mil torcedores.
O placar final foi garantido por Julinho, o meia que havia entrado no segundo tempo, e por Renato Carioca.
Em reverência ao bom futebol, ainda extasiada pela conquista do Carioca e pela boa estreia na Sul-Americana, adiro ao talento de Ganso, à memória do Super Ézio e emano boas energias para o Tricolor.
Que a maratona seja vencida com inteligência tática, talento técnico e gestão apropriada.