Estão deixando o Fluzão chegar (por Marcelo Savioli)

Amigos, amigas, eu escrevi na minha última coluna que o penta é possível.

O fato de dizer que é possível não significa dizer que seja provável.

Nós temos uma quantidade enorme de barreiras para remover antes de entrar de corpo e alma nessa condição.

A começar pela orientação estratégica do clube. Em algum momento precisamos trocar o mindset. É esquecer a banca e pensar na verdadeira expressão do Fluminense enquanto maior clube do país.

O que eu quero dizer é que a direção do clube tem que ser a primeira a ser tocada e estabelecer como objetivo a conquista do título.

Pode parecer banal, mas essa simples atitude muda as coisas. Muda a percepção da torcida e as escolhas do treinador.

Entrar no jogo de hoje com Felippe Cardozo e, com um jogador a mais, promover a entrada de Wellington Silva são atitudes típicas de quem não tem compromisso com a nossa vocação e uma falta de visão gigantesca do que é o campeonato.

Só que os Deuses estão dispostos e implacáveis, embora inconsequentes. Vai que, depois do gol da vitória, Wellington se torne tão intocável quanto Fred, Nenê e Hudson.

Vai que se torne tão importante quanto Cardozo e Paulista!

É por isso que eu falo que a cobrança nessa hora tem que ser sobre a direção do clube, mas com toda força que pudermos.

Odair, dentro das suas estranhas limitações, conseguiu empurrar o bom time do Fortaleza para as cordas durante quase 90 minutos. Foi algo quase constrangedor.

O fato de termos feito o gol da vitória com um a mais em campo não diz muita coisa, porque o Fluminense teve imposição tática e física o jogo todo.

O problema é que faltou a imposição técnica, de modo que tivemos um domínio quase estéril. Não só porque nosso ataque foi, durante o primeiro tempo, Caio e Felippe, mas porque Ganso, que era para ser o diferencial no meio, não jogou nada tecnicamente, apesar de ter desempenhado um bom papel tático.

Em parte, o gol saiu porque, mesmo que de forma estranha, conseguimos alguma imposição técnica, com Wellington e Marcos Paulo.

Não seremos campeões de coisa nenhuma com o futebol que jogamos hoje, mas podemos jogar um futebol que nos permita sonhar muito alto.

Amanhã é São Paulo na veia. Vitória paulista sobre o time dos maus costumes nos coloca a três pontos da liderança. Mas não basta ocupar a posição fisicamente. Precisamos preencher essa posição com mais futebol, muito mais do que o que jogamos hoje.

Não basta imposição física e tática. Precisamos encontrar recursos técnicos para ganhar as partidas.

Rumo ao penta, saudações Tricolores!

Panorama Tricolor

@PanoramaTri

#credibilidade

4 Comments

  1. Ora, se o próprio homem do futebol disse que a meta era ficar entre os 10 primeiros, já começou abrindo mão de qualquer disputa de titulo. O campeonato é nivelado por baixo e pode ser que o Fluminense se classificar para a Libertadores mas acho que falta reposição de peças

  2. Nossas expectativas devem estar dentro da realidade palpável. Enquanto 99% dos cronistas e torcedores passaram o primeiro turno naquela lenga lenga chata de medo de não cair, eu sempre falei q brigaria pela Livertaxores. Não por termos um timaço, longe disso. Mas pelo deserto que é o futebol brasileiro. Um horror, uma terra de cego. Mas o título infelizmenre tem dono provável. Impossível em Pontos corridos um time que tem 5x mais capacidade de investimento não ganhar. O Flamengo consegue montar…

  3. Me permita discordar de sua coluna.
    Acho injustas as críticas ao Odair. Ele optou por manter um centroavante em campo, um modo de jogar. Se o centroavante é pífio, não é culpa dele, mas de quem contratou e acha q pode ser o substituto do Fred! Caio Paulista fez boa atuação pra proposta dele. Mais ajudar a marcação que ser ofensivo. O Flu do Odair joga pra anular o adversário, não pra ter volume, e tem sido mt feliz assim!

  4. MUITA COISA CERTAMENTE NOS DIZ A REVER O GOL MIL VÊZES E VERIFICAR ABSOLUTAMENTE IMPONDERÁVEL AQUELE BILHAR NADA FRANCÊS DA BOLA QUE BATE E REBATE E TORNA A BATER NO GOL CUJA EXPLICAÇÃO RESIDA NO OCULTO PODER DO ESOTÉRICO. SERÁ O GRAVATINHA?…

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