Depois da partida contra o Atlético Mineiro, já tinha ficado bem claro que o Fluminense briga apenas por uma vaga na fase de grupos da Libertadores, o que já está além das perspectivas criadas no início da temporada. A derrota para o Goianiense ratificou o horizonte.
Poderíamos ter ido mais longe na Libertadores, depois na Sul-americana, e até chegado à final da Copa do Brasil, mas o elenco mediano e algumas decisões erradas de Diniz, nos puseram com os pés no chão.
Temos claras deficiências em algumas posições, sobretudo na lateral esquerda, e as perdas de Luiz Henrique e Nonato não foram supridas à altura. Além disso, algumas improvisações de Diniz beiram a teimosia e nos custaram pontos importantes no Brasileiro e na decisão da vaga para a final da Copa do Brasil.
Felipe Melo, por exemplo, na zaga contra o Galo, deixou o time muito mais vulnerável na defesa, tendo falhado no primeiro gol do Atlético ao abandonar a marcação de Hulk, e quase fez outro gol contra quase no fim. Mateus Martins é pouco útil na frente e Caio Paulista, por sua vez, também pouco acrescenta em efetividade ofensiva à equipe, isso para não dizer que atrapalha.
Precisamos, portanto, focar em vencer em casa os jogos restantes, se puder fora também, e garantir pontos suficientes para permanecer entre os quatro primeiros da competição. Com a vaga garantida, dar a Diniz a oportunidade de escolher bons reforços para as posições deficitárias e comandar uma pré-temporada produtiva com o objetivo de tornar a equipe ainda mais forte para o ano que vem, ano de Libertadores.
Se este ano o planejamento esteve à míngua do que se espera para um Clube do tamanho do Fluminense, para o ano, com um técnico já conhecedor do elenco, espera-se um plano mais adequado, contratações qualitativamente melhores e a correção das visíveis deficiências do elenco.
Com isso, aí sim, teremos chances reais de conquistar uma competição internacional, a Copa do Brasil e o Brasileiro, por que não? Se chegamos perto de títulos este ano, mantendo o Diniz e com a qualificação do elenco podemos alçar voos mais altos.
De toda forma, fazemos uma campanha digna, surpreendente até, e a classificação diretamente para a fase de grupos da Libertadores, se acontecer, coroará o esforço do plantel e o novo formato de jogo do Flu, o que se deve exclusivamente ao Diniz, apesar de algumas decisões equivocadas.