Entre o alívio e o pânico (por Mauro Jácome)

104 - 16102013 - Entre o alívio e o pânico“Fluzão derruba líder em pleno Mineirão”.

Se o Fluminense vencer o Cruzeiro, pode subir para o décimo lugar. Mas o mais provável é que termine a rodada no décimo primeiro posto. É possível a vitória? Sim, é. Se futebol tivesse lógica seria vôlei ou natação, sei lá. E a história desse clássico tem mostrado muito mais sucesso tricolor, inclusive, com alguns jogos memoráveis lá dentro do Mineirão.

Outro ponto positivo é a boa fase de Rafael Sóbis. O atacante tem resolvido, com garra e disposição. De contestado, hoje, é titular absoluto. Se ele tivesse uma companhia ali na frente, tipo um Wellington Nem, o Fluminense teria uns pontinhos a mais na tábua de classificação.

Luxemburgo está inclinado a entrar com o novato Aílton. É uma incógnita, mas nas intervenções, sábado, contra o Grêmio, mostrou algumas características que devem ser observadas. Com poucos minutos em campo, encarou os marcadores e foi para cima. Parece ter arranque, velocidade e vigor físico para chegar ao fundo do campo. Não sei quanto ao cruzamento. Em outro momento, vi-o cortando para o meio, procurando uma chance de chutar ou, quem sabe, fazer uma triangulação para sair na cara do gol. Tomara que dê certo.

 

“Fluzão, guerreiro, arranca um ponto no Mineirão”.

Não é de todo mal. Considerando-se a conjuntura (tabela) e o contexto (local do jogo e fase do adversário), pode-se até comemorar como se vitória fosse.

Inclusive, o time de Luxemburgo não tem jogado bem. A forma como aconteceu aquele empate no Maracanã, sábado passado, mascarou um pouco a péssima atuação no segundo tempo. Faltou ambição ao time gaúcho para marcar pelo menos mais um gol e matar um bando perdido em campo, cansado e entregue.

Trazendo um ponto a mais de Belo Horizonte, o Fluminense pode subir uma posição, mas o mais provável é que permaneça onde está: a 13ª posição. Não sai do lugar, mas risca mais uma rodada do calvário em que se transformou 2013.

 

“Cruzeiro, quase campeão, deixa Fluminense em perigo”.

Óbvio, por mais que a gente seja tricolor, não adianta fechar os olhos para a nossa realidade. O time está muito enfraquecido: falta Fred, quem está em campo não consegue render o suficiente para dar uma campanha estável à torcida e o técnico tem mexido muito na estrutura.

O que mais me preocupa hoje é a principal característica do Cruzeiro versus o ponto mais fraco do Fluminense. É sabido que a defesa tricolor nunca esteve tão ruim em comparação com os últimos anos. Está até chato todos repetindo isso. Dentre os defeitos da zaga, o pior é a dificuldade com equipes rápidas ofensivamente. E essa é a maior qualidade do time mineiro: ao recuperar a bola, os laterais (Egídio e Ceará/Mayke) disparam pelos lados; Everton Ribeiro e Ricardo Goulart correm pelas meias; Borges funciona como um limpador de para-brisas para abrir espaços; Nilton e Lucas Silva (ótimo jogador) vêm um pouco mais atrás. Três ou quatro toques e rompem a intermediária adversária.

Na tabela, uma derrota, na melhor das hipóteses, mantém o Fluminense em 13º. No entanto, é provável que caia para 15º. Pior, pode ser ultrapassado até pelo Vasco.

Independentemente do resultado, o jogo do próximo fim de semana, contra a Ponte Preta, terá uma carga muito forte de dramaticidade. Não me iludo de que o Fluminense irá atropelar o penúltimo colocado. Vai ser jogo duro. Todos os jogos têm sido duros.

Os recentes fins de ano têm reservado para a torcida tricolor muita emoção. Do céu ao inferno. Definitivamente, torcer para o Fluminense, acompanhar mesmo, não é para os fracos.

 

Panorama Tricolor

@PanoramaTri @MauroJacome

Imagem: www.euqueroaprenderfrances.com.br

DR DISCUTINDO RELAÇÕES by .

4 Comments

  1. Bela crônica, Mauro!
    Os fracos, não têm vez em nossa torcida. rsrs
    ST4

Comments are closed.