Dispensas perfeitas e contratações que carecem de testes.
Esse é o quadro da rápida movimentação que está fazendo nossa diretoria na formação do time de 2015.
Na parte dos jogadores que foram liberados ou negociados, acho que ainda falta Walter. Não por seu futebol, que é inegavelmente de qualidade, mas por sua falta de comprometimento em manter seu corpo com um mínimo de condição de exercer sua profissão. Além disso, para sua garantir sua permanência é preciso que ou o clube pague uma quantia alta ao Porto ou que ceda o passe de dois jogadores da base para adquirir um pequeno percentual do seus direitos econômicos. Minha opinião é de que Walter não vale nenhum dos esforços.
Em relação aos reforços, eles vieram na forma de manutenção das principais peças do elenco. Embora a imprensa exerça uma incrível e diária pressão para que nomes como Conca e Fred sejam contratados por rivais brasileiros, parece mesmo que esses dois jogadores, Cícero, Wagner e Jean, todos com parcelas altas de seus salários pagas pela Unimed, continuarão nas Laranjeiras em 2015.
Esses nomes somados a Cavalieri, principalmente, e a Gum, formam uma excelente base para 2015. É preciso “apenas” que exerçam sua profissão com compromisso e dignidade e que não repitam alguns atos de 2013 e 2014. Cabe à diretoria de futebol exigir que alguns desses jogadores joguem em prol do clube e esse aspecto é o que mais me preocupará para o ano que vem.
Quanto às contratações, primeiro me surpreendi com a velocidade com que a diretoria se movimentou. Parece-me que o tal mapeamento de mercado tão falado em Laranjeiras era realmente feito há tempos.
Tenho visto e ouvido alguns torcedores serem contra os nomes anunciados. Fico pensando quais seriam os nomes que agradariam: Toni Kroos, Iaia Touré, Oscar, Messi, Thiago Silva? Evidentemente, esses seriam os jogadores dos meus sonhos, mas, voltando à nossa realidade, os nomes anunciados fazem parte da nova realidade do clube.
Não há mais dinheiro para trazer nomes de peso e nem para cometer os muitos equívocos cometidos nos anos de relacionamento com o antigo parceiro.
Para 2015, o padrão de contratações é e tem que ser o que tem feito a diretoria: nomes pouco conhecidos, jogadores com tesão de vencer na vida, de buscar um lugar ao sol. Mas é bom que fique claro para o torcedor: por enquanto o pacotão anunciado não pode ser considerado reforço. Todos os jogadores contratados são apostas, que podem ou não se tornar reforços. É preciso que sejam testados e deem em campo a resposta esperada pela diretoria. Edson e Guilherme Mattis são exemplos desse tipo de contratação que deram certo.
Estou esperançoso em relação aos resultados de 2015. Vejo sendo formado um grupo que alia experiência e muita qualidade com jogadores que estarão tendo suas primeiras oportunidades em um clube enorme com o Fluminense. Essa mescla já deu certo muitas vezes, algumas delas em nosso próprio clube.
Para o sucesso no ano que vem será, como sempre, fundamental a participação, o apoio da nossa torcida.
Panorama Tricolor
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Imagem: fluminense.com.br