Editorial – Rubinho do Castor e o B de bocó

Num país com vocação para o delírio, não surpreende que o presidente de uma entidade vá a público com o intuito de ridicularizar um de seus filiados.

No caso, Rubinho do Castor, a FERJ o Fluminense e uma situação ridícula que se repete.

Isso deve ser tratado como o que é: um gesto de desrespeito e profunda ignorância histórica sobre o futebol carioca. Uma palhaçada para causar e aparecer, agravada pelo exótico presidente ser um idoso a caminho dos 80 anos, idade que sugere prudência em vez de frases para memes. Enfim, uma afirmação ridícula.

O que não é nada ridícula, mas gravíssima, é a situação do Campeonato Carioca, que deixou de ser a competição mais charmosa do país para se tornar uma verdadeira pelada de churrasco, com a decomposição de equipes tradicionais do Rio, zero renovação e a decomposição do interesse pela disputa.

Vivemos a pior época da história do Campeonato Carioca, num processo de erosão iniciado por Caixa D’água e multiplicado por seu afilhado político. O resultado aí está: a competição é desprezada por completo e, nos um últimos anos, só tem servido para engrossar as estatísticas da Gávea, muitas vezes com arbitragens bastante duvidosas. Rara exceção é este 2022 que se encerra.

Houve na verdade uma confusão de letras.

O Fluminense nada tem a ver com série C, letra C etc.

O problema de letras é de Rubinho do Castor. Levou a Federação para se tornar Federassauro, depois tirou o Campeonato Carioca da série B e colocou na M.

B de boa e M de merda, naturalmente.

Podia ser B de Bangu, maravilhosa equipe que o decadente dirigente ajudou a afundar.

No fim, nem B de boa nem de Bangu. É B de bocó.