E o Marcos Felipe, hein? (por Paulo-Roberto Andel)

Então felizmente o Fluminense venceu, mas só convencendo os ingênuos e as cracatoas. Já longe do time que disputou a final da Libertadores, mesmo assim o Peixe amassou o Tricolor no segundo tempo, levando boa parte da torcida mais linda do mundo à loucura. E quando a barra pesou muito, brilhou mais uma vez a estrela do goleiro Marcos Felipe, fechando o gol e saindo como o melhor jogador da partida.

Seria justo louvar a atuação de MF do mesmo jeito que a turma cai de pau a cada eventual erro do guarda-metas, quase nenhum deles responsável por derrotas.

Longe de ser um goleiro na galeria dos heróis do Fluminense, até por ter uma história ainda curta no time, desde que assumiu a meta tricolor Marcos acertou muito mais do que errou. Com diversas passagens pelas Seleções Brasileiras de base, ele demorou muito a ser aproveitado e, por pouco, não foi chutado das Laranjeiras, mas quando se tornou titular deu conta do recado.

As raras, mas existentes, falhas que cometeu em campo não serviram para derrubá-lo. Pelo contrário, em todos os jogos onde falhou invariavelmente fez também grandes defesas.

Quem não falha?

Nenê, que “calou os críticos” (…) nesta quinta-feira, tem marcado 2021 com falhas. Fred, intocável, maior ídolo do clube no século XXI, não foi bem ontem. E muito do sufoco que o Fluminense sofreu – mais uma vez – no segundo tempo diante do Santos se deve a um treinador falho, vacilante, que tem dificuldades evidentes na escalação e substituições.

Parece uma boa hora para se valorizar Marcos Felipe. Reconhecer sua importância em vários jogos de 2021, e que certamente essa vitória sobre o Santos não seria confirmada sem a sua bela atuação.

Nenhum goleiro se firma se não tiver relativa estabilidade como titular. Vale para qualquer equipe e no Fluminense não é diferente.

Bem disse o Savioli: se o resultado veio, e foi ótimo, as atuações recentes do Flu não o credenciam a nenhum vôo maior por ora. Chega a ser pueril acreditar que os desejados títulos venham com um conjunto permanente de atuações sofríveis, o que precisa ser modificado já. Agora, se tantos e tantos conseguem enxergar evolução técnica em Caio Paulista e Egídio por exemplo, o que dificulta enxergar tambèm a evolução do Marcos Felipe? Com maior regularidade do que os outros dois, ressalte-se.

Muita gente crê que o Fluminense precisa de um outro goleiro titular. Discordo. Além do mais, temos posições bem mais carentes, dentro e fora das quatro linhas. Não chego à essa conclusão por fanatismo: basta pesquisar os dados, os jogos, o conjunto da obra em vez de sofismas baratos de ocasião.

É difícil prever se Marcos Felipe terá o tempo necessário para marcar época como goleiro do Fluminense, um clube que há mais de 30 anos rifa qualquer camisa 1, ou 12 ou 36 ao primeiro escorregão. Curiosamente, em todo esse tempo apenas um goleiro teve tempo para falhar e se recuperar com prós e contras, também egresso da base e de seleções brasileiras: Fernando Henrique. Mas uma coisa é certa: em vários jogos MF tem brilhado como o salvador do Flu. O clássico desta quinta-feira, diante do Santos, ainda está muito vivo na memória.

Mudar de opinião não é vergonha, ao contrário da empáfia oca que tenta sustentar teimosia e verborragia travestidas de argumentação.

1 Comments

  1. Foi a figura mas importante para o Fluminense nrste jogo contra o Santos…
    guenta coração Tricolor.

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