E aí, resolve? (por Rods)

MarcosJr

Ronaldinho Gaúcho mal começou a treinar e já aumentou o público que acompanha os treinos nas Laranjeiras, além de causar uma onda de ansiedade em torno de sua possível data de estreia. Cícero é esperado e o público sonha com um quadrado mágico tricolor, enquanto a Flapress se esforça pra tentar esfriar o ânimo da torcida do Fluminense. Osvaldo chegou agradando. Mesmo com Gérson na berlinda, Gustavo Scarpa surge para honrar a fama dos moleques de Xerém. Mas quem foi o melhor jogador do Flu nas últimas partidas?

Marcos Júnior ou Marcos Júnio, como consta em sua certidão de nascimento, tem apenas 22 anos e já vive um ressurgimento nas Laranjeiras. Nascido e criado no Gama – cidade-satélite do Distrito Federal – chegou ainda menino em Xerém e, assim como muitos outros, arriscou o sonho de ser jogador de futebol longe da família e amigos. Começou a aparecer para a torcida na Copa São Paulo de Futebol Júnior de 2012, onde formava um ataque promissor com Michael e Samuel. Lembro que fiquei animado ao ver o futebol daquele moleque liso, rápido e cheio de vontade. Pena que não pôde comemorar o título naquela final com o Corinthians.

Teve um começo promissor entre os profissionais já na campanhana vencedora do Carioca daquele ano. Em entrevista pós-jogo, disse que o papel dele era “entrar e resolver”. A declaração animada logo virou motivo de gozação, o suficiente para Deco colocar o apelido de “Resolve” no garoto. Era visto como substituto certo do Wellington Nem. O nosso velocista deixou o time, mas o garoto não rendeu. Lesões seguidas (e um pouco de presunção também) acabaram atrapalhando os planos, jogando aos poucos a jovem promessa para o esquecimento.

Voltando de Brasília, em janeiro de 2014, peguei o mesmo voo que o Marcos Júnior e pude conversar um pouco com o garoto. Perguntei se ele já estava recuperado e como estava a expectativa para a temporada. Ele me disse que estava 100% e esperava voltar a jogar e arrebentar. Acabou emprestado ao Vitória, onde teve pouquíssimas chances. Voltou neste ano, quase seguiu para o ABC e chegou a viajar para a Hungria, para defender o Ferencváros TC por empréstimo. Por bem, não deu certo. Mas seguiu como opção no banco. Às vezes nem isso.

Enderson Moreira chegou e Marcos Jr viu uma nova chance, talvez a última. Esforçou-se como nunca e passou a ser sempre destaque durante os treinos. As lesões e as vendas de outros jogadores ajudaram e a titularidade chegou. A entrega, a velocidade e a luta em praticamente todos os lugares do campo, mesmo nas bolas altas, se tornaram sua marca. Aliás, foi em um gol de cabeça que seu nome voltou a ser festejado pela torcida. A atitude é diferente da de 2012, mas a declaração saiu no mesmo estilo: “se Romário e Messi fazem gol de cabeça, por que eu não?”.

A boa surpresa do seu “reaparecimento” foi desmentir quem esperava apenas um velocista, um projeto de Wellington Nem. O Marcos Jr de hoje corre sim pela ponta, mas também combate o adversário, carrega a bola pelo meio e aparece na área para finalizar. Um verdadeiro pequeno gigante. Foram duas infelizes derrotas, mas o “Resolve” foi o melhor tricolor em campo contra o Vasco e contra a Chapecoense, fazendo belos gols nos dois jogos.

Apesar de hoje refutar o apelido dado pelo nosso antigo maestro, tenho muita certeza, que o Marcos Júnior vai muitas vezes entrar para resolver.

Pra fechar, minhas boas-vindas ao Matador de Passarinho, Rogério Skylab.

A vocês, meu aviso: preparem-se!

ST!

Panorama Tricolor

@PanoramaTri @Rods_C

Imagem: Rods

3 Comments

  1. Sempre acreditei no futebol do Marcos Junior.
    A sorte dele e nossa, que o jumento de lote, do Cristoburro burroges saiu, se não o MJ teria sido emprestado para algum time pequeno da seria A ou B.
    Joga muito, tanto no meio, nas pontas e no ataque, e aonda volta pra marcar. Sempre achei que o MJ tinha e tem, mais recursos tecnicos e vontade do que o W.Nem.
    Alem disso tudo ele ainda tem personalidade, de vez em quando peita o Fred em campo rsrs
    Agora é continuar evoluindo, que vai muito longe…

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